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A infecção gonocócica neonatal, ou conjuntivite neonatal, é uma infecção ocular que acomete a conjuntiva de bebês no prazo de 24 horas até um mês após o nascimento. A doença é causada pelo gonococo e a transmissão ocorre da mãe portadora de gonorreia para o filho durante a gestação. Se não for tratada, a enfermidade pode causar sérias complicações oftalmológicas, como cicatrizes corneanas, lesão ocular e até cegueira.
Como forma de prevenir a infecção gonocócica neonatal, a U.S. Preventive Services Task Force atualizou sua diretriz para prevenção da doença e publicou em setembro um comunicado com as novas orientações. Segundo o documento, a entidade recomenda o uso de uma pomada antimicrobiana que deve ser aplicada nos olhos do recém-nascido como medida profilática. Esta é uma recomendação de nível A e condiz com a diretriz da força-tarefa datada de 2011.
Como a profilaxia da oftalmia neonatal gonocócica é aplicada nos Estados Unidos desde 1880, a incidência da infecção no país é baixa em neonatos. Sem o procedimento, a chance de recém-nascidos adquirirem a conjuntivite neonatal de mães com gonorreia é de até 50%. O tratamento é realizado com eritromicina em forma de pomada, único fármaco aprovado pela U.S. Food and Drug Administration (FDA).
A Task Force recomenda também o rastreio para gonorreia, e o consequente tratamento, em gestantes diagnosticadas com a DST. Como medida preventiva, e parte dos cuidados básicos do pré-natal, todas as mulheres com risco de exposição à doença devem realizar a testagem.
Como nem todas as parturientes recebem atendimento pré-natal adequado, a recomendação da organização é de que a pomada antimicrobiana seja aplicada em todos os neonatos, mesmo naqueles sem manifestação dos sintomas da infecção gonocócica neonatal.

Fonte: PEBMED

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