Com tanta informação disponível, como prender a atenção em um tempo de TikTok, e fazer as lembranças durarem mais do que um story?
A contextualização é uma das respostas. Vemos ela sendo usada quando damos aulas a beira do leito, ou levamos estudantes para conhecer laboratórios de pesquisa. Parece que o conhecimento se sedimenta melhor com esses catalisadores multidirecionais.
Outra ferramenta incrível são as crônicas. Crescemos ouvindo e vendo “causos” e fazermos conexões para dar sentido a essas peças. Fragmentos que isoladamente teríamos de memorizar, permanecem conosco mais tempo tendo um enredo. Também chamamos esta técnica de “storytelling”, ou contar histórias.
Recupero estes conceitos ao ler as reportagens que vocês estão recebendo nesta edição da Universo Visual. São histórias com personagens, ação, algumas reviravoltas, e finais felizes. Os enredos, por mais que tenham a ciência como pano de fundo, ficam leves e fluidos, quando lidos despretensiosamente.
Nos tempos de hoje, a curiosidade de saber o que buscar vale ouro. Ter todas as fontes a mão, “just in case”, não é mais possível. O homem enciclopédia não está mais entre nós.
Convido-os a folhear a revista. Deixar a motivação e exemplos serem percebidos. Sem marca-texto, sem cobranças acadêmicas. Do mesmo modo que nos deixamos impactar pelas entrelinhas dos TED Talk, sintam-se envolvidos por essas conversas. Façam sugestões. Comentem, aproveitem, façam parte!
Aproveito para desejar ótimas festas a todos. Nos vemos em 2024!
Paulo Schor
Editor clínico