O primeiro dia do 67º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, que acontece em Fortaleza (CE), é marcado pelo Dia Especial das variadas especialidades da oftalmologia. Na sala dedicada à catarata e cirurgia refrativa, Abrahão da Rocha Lucena, coordenador da Escola Cearense de Oftalmologia, falou sobre “Fórmula biométrica e LIO ideal na cirurgia de catarata personalizada”.
Durante sua apresentação, Lucena apresentou uma série de estudos sobre as fórmulas biométricas para cálculo de lente intraocular mais indicadas para cada tipo de paciente. Ele ressaltou que para olhos curtos são indicadas Holladay 1 e Haiges; para olhos médios, Barrett Universal II; e para olhos longos, Barrett Universal II e Olsen. Segundo ele, é importante também que os médicos considerem fatores como idade, principalmente pessoas com mais de 75 anos, e raça no momento de definir as melhores lentes.
Já sobre as lentes intraoculares, o médico pontuou que as refrativas monofocais são as mais indicadas para visão de longe, as difrativas bifocais para visão de longe e de perto, as difrativas trifocais para longe e intermediária, e as difrativas e não difrativas EDOF para visão de longe.
“A lente ideal tem de oferecer visão de perto, intermediária e de longe ao paciente. Quando se fala de qualidade da lente, precisamos falar de contraste. As monofocais, por exemplo, modificam o contraste em torno de 20%, já as trifocais formam sombras na intermediária e na de perto. Há trabalhos que mostram também que nas bifocais, quanto menor a adição, menor o halo”, disse. “O olho tem adaptação que vai de 5 a 105 em termos de luminância, por isso boa parte dos pacientes não reclama tanto”, acrescentou.
Lucena, que teve um trabalho premiado no 66 Congresso Brasileiro de Oftalmologia sobre a criação de aplicativo automatizado para confecção de laudos de microscopia especular corneana baseado em visão computacional, apresentou diversos estudos não só sobre as fórmulas biométricas como também aqueles que comparam as lentes monofocais, bifocais e trifocais.
