Comemorado no dia 31 de outubro em muitos países, o Halloween está se tornando cada vez mais popular no Brasil. Para quem decide entrar na brincadeira, a escolha da fantasia é uma diversão à parte, já que a festa pede criatividade e ousadia na produção. No entanto, na hora de montar o look, é importante ficar atento à saúde dos olhos para a brincadeira não ficar realmente assustadora e resultar em alergias, coceira, ardência, inflamações nas pálpebras, conjuntivite e até cegueira.
Lentes de contato coloridas, por exemplo, não são simples acessórios do figurino para causar impacto. Elas precisam ser levadas a sério e só devem ser adquiridas com receita médica. “No Halloween, as pessoas ficam mais dispostas a usar as lentes de contato coloridas como acessórios das fantasias, mas é preciso lembrar que, mesmo utilizadas por um período curto, é fundamental um exame oftalmológico”, alerta Guilherme Rocha, médico do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB). O especialista adverte que os cuidados com esses produtos devem ser os mesmos das lentes tradicionais. Sem o manuseio adequado e limpeza, elas podem acumular bactérias e fungos, causar alergias e até infecções na córnea. “Além disso, deve-se ficar atento à procedência, data de validade e outros cuidados básicos, como armazenamento, higiene, orientação correta sobre como colocar as lentes e lembrar que é um produto individual, que não deve ser compartilhado. Pessoas com algum tipo de alergia, infecção, doença ocular ou baixa produção lacrimal devem evitar sua utilização”, orienta o oftalmologista.
Assim como as lentes de contato, é fundamental lembrar que os itens da maquiagem devem ser individuais, pois há boa chance de bactérias e vírus levarem à conjuntivite. “Não compartilhar produtos como lápis delineadores, pincéis e máscara de cílios é uma dica importante, já que eles podem transmitir alguma doença”, explica Rocha, que alerta ainda para o uso moderado dos cosméticos. “E como nessas festas as pessoas transpiram mais, essas substâncias podem escorrer diretamente para os olhos, causando irritações, reações alérgicas, coceira e inflamação nas pálpebras”, afirma. Para evitar o desconforto, o oftalmologista alerta que cuidados simples são importantes, como usar produtos hipoalergênicos e específicos para a área dos olhos. “Os hipoalergênicos, por exemplo, são ótimas opções para aqueles que têm maior sensibilidade na região ocular. Além disso, é importante observar a validade do produto, já que artigos vencidos normalmente contêm micro-organismos que podem atingir a mucosa ocular e trazer complicações. Qualquer mudança na aparência, cor, cheiro e textura também é um sinal de que algo está errado com a maquiagem”, orienta Rocha.
Para as crianças menores de sete anos, a recomendação médica é de não usar maquiagem. “E lembrem-se: seja na utilização das lentes ou maquiagem, se houver sinais de irritação, vermelhidão ou qualquer alteração ocular, o melhor é procurar um especialista o quanto antes”, afirma o oftalmologista.
Fonte: Grupo Opty