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Nesta quinta-feira, foi apresentado o tema oficial do CBO 2023 – “Saúde pública ocular: assistência primária e ensino”, livro que tem como relatores José Augusto Alves Ottaiano, Marcos Ávila, Maria Auxiliadora Monteiro Frazão e Milton Ruiz Alves. Além deles, a obra reúne 15 autores especialistas em saúde pública ocular que discutem em profundidade temas como deficiência visual e responsabilidade social, trazem o histórico da oftalmologia no Sistema Público de Saúde, abordam o papel do CBO na saúde ocular, ensino e qualificação, e tratam da saúde ocular na atenção primária.

“A obra está estruturada em quatro sessões e 28 capítulos e no permite entender o que representa o cuidado oftalmológico e qual o papel do CBO na definição de políticas públicas para a saúde ocular no Brasil”, afirmou Cristiano Caixeta, presidente do CBO. “O livro oferece uma visão clara da importância dos fóruns nacionais de saúde ocular, além de apresentar propostas do CBO para a criação da atenção primária à oftalmologia como parte do SUS”, concluiu.

Ottaiano contou que coube a ele e a Maria Auxiliadora a parte da obra que trata sobre ensino. “Pautei minha vida às questões relacionadas ao ensino, desde a época da residência até mais tarde, coordenando a residência da Faculdade de Medicina de Marília”, lembrou. Sobre a obra, o médico ressaltou que “os editores que coparticiparam do livro enriqueceram muito todo o trabalho que a obra traz”.

Durante o lançamento do tema oficial, Ávila contou que em 1999 o CBO começou a ajudar na construção da política de saúde ocular no SUS. “Foi a única entidade médica que encampou na política de construção do SUS desde seus primórdios e foi a primeira que trouxe ideias e inovação para o SUS. Vamos continuar sendo a sociedade que influencia no destino da saúde da população”, disse. “Queremos que a atenção primária tenha triagem qualificada, com técnicas para que professores e agentes comunitários saibam identificar quem são as pessoas mais necessitadas para que possam encaminhá-las aos centros de atenção em oftalmologia”, apontou.

Maria Auxiliadora afirmou que o CBO traz o ensino em seu DNA e contou que quando o conselho foi fundado, em 1941, a grande motivação era a necessidade de certificar a atuação dos que se dedicavam à prática da oftalmologia, além de aprimorar o ensino. “A capacitação está diretamente ligada ao objetivo principal que é dar resposta à sociedade civil, entregando saúde da melhor forma possível”, comentou. A obra tem o objetivo claro de servir de fonte para estudo e pesquisa dos assuntos abordados para oftalmologistas, Ministério da Saúde e e Poder Legislativo. Me arrisco a dizer que é uma obra que traz dados inéditos”, concluiu.

Para finalizar a apresentação do tema oficial do CBO 2023, Alves falou sobre o papel do CBO na política pública de saúde ocular no Brasil. “Nesses 82 anos, o CBO deu um grande salto social porque tem focado insistentemente no paciente. Todo o trabalho realizado tem uma origem, o oftalmologista, e um destino, a população brasileira”, pontuou. Enquanto a oftalmologia não for inserida na atenção primária do SUS, a maioria da população continuará sem acesso à assistência oftalmológica. O CBO não pode deixar de quebrar paradigmas, de apresentar soluções práticas e de estabelecer prioridades. É necessário ousadia e perseverança para, de fato, contribuir efetivamente para universalizar o acesso e melhorar a qualidade da saúde pública ocular oferecida aos brasileiros”, concluiu.

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