De 18 a 21 de abril, o Royal Palm Hall em Campinas, São Paulo, hospedou o 48º Congresso da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV), marcando um encontro inovador com foco em retinologia translacional. O evento reuniu 250 palestrantes nacionais e 14 internacionais, totalizando cerca de 1.100 inscritos, segundo Rodrigo Jorge, um dos presidentes do Retina 2024, ao lado de José Augusto Cardilllo.
A edição deste ano se concentrou em extrair e aplicar dados de estudos clínicos na prática diária, além de explorar como a inteligência artificial (IA) pode auxiliar no cuidado do paciente sem substituir o papel fundamental dos médicos. Jorge destacou a contribuição de colaboradores e parceiros, incluindo a ATEP, na realização do evento.
Infraestrutura de Primeiro Mundo
O local escolhido para foi elogiado por sua infraestrutura de primeiro mundo e localização estratégica próxima aos aeroportos de Viracopos e Guarulhos. “O espaço é lindo e está localizado numa área bem servida por voos nacionais e internacionais”, comentou Jorge.
Destaques do Congresso
O simpósio sobre inteligência artificial foi um dos destaques do evento, onde os participantes puderam ver aplicações práticas de tecnologias como o Chat GPT na área de retina e vítreo. Além disso, cursos sobre genética e novas terapias gênicas revelaram avanços no tratamento de doenças antes consideradas intratáveis.
Outro ponto alto foi o curso sobre Tomografia de Coerência Óptica (OCT), especialmente desenhado para profissionais mais jovens, que atraiu mais de 300 inscrições. As novas terapias para a degeneração macular forma seca também foram tema de várias palestras internacionais, destacando-se como uma grande novidade no tratamento da condição.
Visão Futura
Olhando para o futuro, Jorge prevê grandes mudanças nos próximos três a cinco anos, especialmente no campo da terapia gênica para a degeneração macular, tanto na forma úmida quanto na forma seca. “Nós estamos começando a ver muita mudança, principalmente no sentido da terapia gênica para a degeneração macular”, afirmou ele.
O congresso não apenas proporcionou uma plataforma para discussão de avanços científicos, mas também reforçou a importância da colaboração e do reconhecimento internacional para o avanço da medicina oftalmológica no Brasil.
Fotos: Natali Hernandes