Nesta quinta-feira, dia 23 de julho, é Dia mundial da síndrome de Sjögren, uma doença autoimune que atinge principalmente as glândulas lacrimais e salivares, causando olho seco e boca seca. Além disso, ela acomete outras partes do organismo, como pele, articulações, pulmões, rins e sistema nervoso.
“Os pacientes podem apresentar fadiga, cansaço, dor articular e artrite. Esses sinais também são frequentes e trazem um grande impacto na qualidade de vida”, relata Juliana Gennari, reumatologista da Sociedade Paulista de Reumatologia (SPR).
Pacientes com artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico têm uma predisposição maior para desenvolver a síndrome. Ela também é mais comum em mulheres do que em homens, principalmente na faixa etária dos 50 anos.
Juliana explica que a síndrome tem esse nome porque foi descrita pela primeira vez pelo médico oftalmologista sueco Henrik Sjögren, em 1933.
“É uma doença pouco conhecida pela população geral e, muitas vezes, subdiagnosticada. Ou seja, muitas pessoas que têm essa condição não sabem. Estima-se que dois a cada mil brasileiros possam ter a síndrome de Sjögren”, aponta a especialista da SPR.
Pode ser uma causa de fibrose pulmonar, caracterizada por tosse seca persistente e falta de ar aos pequenos esforços. Além disso, pode estar associada à hepatite C e alguns linfomas, um tipo de câncer do sistema linfático.
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