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Cientistas da Nagoya City University e da National Taiwan University descobriram que usar um tipo específico de luz pode melhorar a visão ao estimular as células melanopsina, que aprimoram a capacidade de as pessoas verem contrastes e detalhes.

Os pesquisadores apontam que as células ganglionares retinais intrinsecamente fotossensíveis (ipRGCs) têm atraído a atenção por causa de seus efeitos sobre funções não formadoras de imagem, como ritmo circadiano, sono, estado de alerta  e reflexo pupilar à luz. As ipRGCs são um pequeno subconjunto de células ganglionares da retina que expressam melanopsina, um fotopigmento com espectro de absorção com pico em torno de 480 nm, que está dentro da mesma faixa que o ser humano percebe como a cor azul.

O estudo teve como objetivo investigar como a estimulação da melanopsina a partir de uma luz de fundo adaptável afeta a Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial (CSF) em humanos. Para isso, o laboratório do professor Sei-ichi Tsujimura, da Nagoya City University, criou um dispositivo experimental capaz de estimular seletivamente células de melanopsina, o que foi possível ajustando o espectro de cores da luz. Com esse aparelho em mãos, os pesquisadores realizaram experimentos para investigar o papel das células de melanopsina na sensibilidade ao contraste.

Durante o estudo, Tsujimura e seus colaboradores descobriram que, ao aumentar a estimulação das células de melanopsina, eles poderiam aumentar a sensibilidade ao contraste em humanos sem alterar a luminância geral ou a cromaticidade da luz. Essa descoberta traz à tona a importância das células de melanopsina no sistema visual e abre possibilidades para entender e melhorar as capacidades de visão humana.

Os cientistas ressaltam que a sensibilidade ao contraste é um aspecto crucial da visão, pois determina a capacidade de as pessoas discernirem diferentes níveis de brilho em textos e imagens. Normalmente, a sensibilidade ao contraste é menor em ambientes pouco iluminados, mas melhora à medida que a luz se torna mais clara.

Fonte: Nagoya City University

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