Pelo terceiro ano consecutivo, o Grupo H.Olhos apoia e incentiva o Abril Marrom. A causa é nobre: nasceu para levar mais conhecimento à população sobre doenças que podem cegar. A principal intenção da campanha é fazer com que as pessoas se atentem à prevenção, consultando periodicamente um oftalmologista para identificar patologias silenciosas, que não trazem desconforto na fase inicial e só são detectadas quando determinados exames são realizados.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que entre 60% e 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados ou tratados se diagnosticados rapidamente. As doenças mais comuns são catarata, glaucoma, descolamento de retina, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade.
Abril Marrom vem do fato de a maioria dos brasileiros terem olhos castanhos, de cor “marrom”, e de a íris, de olhos de qualquer cor, ter pigmentos amarronzados. Assim como em outras campanhas do gênero, como Outubro Rosa ou Novembro Azul, seu símbolo é a fita da consciência, que serve de alerta e prega a mudança de atitude.
“O Grupo H Olhos adotou o uso da fita da consciência como símbolo desta causa. Sua função é chamar a atenção para a prevenção e mostrar solidariedade às pessoas que enfrentam essas doenças. Durante o mês de Abril, todos os colaboradores usarão o adereço, que será entregue nas unidades de trabalho”, aponta Dr. Danilo Andriatti Paulo, especialista em Glaucoma e Neuro-oftalmologia do H.Olhos – Hospital de Olhos.
Prevenção desde cedo
O especialista listou os principais cuidados para evitar as patologias, de acordo com a idade que costumam surgir.
A atenção aos olhos deve começar desde o nascimento, com a realização do teste do reflexo vermelho (teste do olhinho), capaz de identificar catarata congênita ou problemas retinianos. Uma avaliação de rotina com um oftalmologista é recomendada dentro dos primeiros três meses de vida. A partir de então, a consulta pode ser anual.
Entre seis meses e cinco anos, o alerta é para o estrabismo. A doença é caracterizada pelo desequilíbrio na função dos músculos oculares e causa um desalinhamento dos eixos visuais. Se não for corrigido, o estrabismo afeta o desenvolvimento da visão e ocasiona ambliopia (diminuição da acuidade visual dos olhos).
Dos oito até os 14 anos, os erros de refração, como a miopia (dificuldade para enxergar objetos distantes) e a hipermetropia (incapacidade de visualizar claramente objetos próximos), começam a aparecer. Estes problemas podem atrapalhar o desempenho escolar e a interação da criança, afetando seu desenvolvimento cognitivo e a sociabilidade.
A partir dos 40 anos, a pessoa pode desenvolver glaucoma, doença que leva à cegueira irreversível quando não tratada. Na maioria das vezes é caracterizada pelo aumento da pressão ocular, que provoca lesão nas fibras do nervo óptico. Visitas anuais ao oftalmologista para avaliação da pressão intraocular e do aspecto do nervo óptico são essenciais para detectar qualquer alteração e iniciar o tratamento o quanto antes.
Ao chegar aos 50 anos, a atenção com os olhos deve ser redobrada. Nessa idade, as pessoas ficam sujeitas a doenças como a catarata – opacificação do cristalino (lente natural do olho), que resulta em uma diminuição progressiva da visão. Essa é uma das principais causas de cegueira no mundo, porém é reversível, e pode ser corrigida por meio de cirurgia.
Segundo o Dr. Danilo, é preciso que as pessoas compartilhem com amigos e familiares informações sobre a importância de cuidar da saúde dos olhos e procurar um oftalmologista regularmente. “É uma atitude muito simples que pode evitar a perda da visão.”
Fonte: H. Olhos