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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou recentemente uma nova indicação para Lucentis® (ranibizumabe) para tratar pacientes com comprometimento visual devido à neovascularização coroidal (NVC) secundária a outras causas além da degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e a neovascularização miópica. Com esta nova aprovação, o medicamento agora conta com seis indicações no Brasil. “Ainda existe uma grande necessidade médica não atendida para pacientes com doenças da retina e, por isso, é importante a busca por soluções para que cada vez mais pessoas melhorem sua qualidade de vida”, afirma o Dr. Octaviano Magalhães Junior, especialista em retina, chefe do Departamento de Oftalmologia da Escola Paulista de Medicina. 
 
A NVC é caracterizada pelo crescimento de vasos sanguíneos anormais abaixo da retina e é uma das principais causas de perda de visão em adultos estando mais associada à DMRI neovascular e à neovascularização miópica1-5. No entanto, essas condições não são as únicas causas de neovasculação, pois a NVC também pode ocorrer em muitas outras condições, incluindo uveíte, coriorretinopatia serosa central, estrias angióides, traumatismos, distrofias retinianas ou maculares e sem causa aparente (NVC idiopática).1,5-7 A neovascularização devido a causas diferentes da DMRI e da neovascularização miópica é rara e geralmente ocorre em adultos jovens e de meia idade.4 
 
Se não for tratada, pacientes com NVC podem sofrer perda rápida e irreversível da visão. “O fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) desempenha um papel fundamental no desenvolvimento da NVC, e os agentes inibidores de VEGF como o ranibizumabe têm papel crucial no tratamento dessas patologias , explica Magalhães Junior. Até recentemente, não havia terapia aprovada para o tratamento da NVC associada a outras doenças que não a DMRI e a neovascularização miópica. Em janeiro de 2017, a Anvisa aprovou o ranibizumabe para o tratamento da deficiência visual devido à NVC, com base nos resultados favoráveis demonstrados pelo medicamento no estudo chamado MINERVA. 
 
O estudo MINERVA foi o primeiro ensaio clínico controlado e randomizado de fase 3 concebido para avaliar a eficácia e a segurança do ranibizumabe em pacientes com neovascularização coroidal (NVC) secundária a outras condições que não a degeneração macular relacionada à idade neovascular (DMRI) e a NVC miópica. No estudo, o ranibizumabe demonstrou eficácia superior ao placebo em ganho de acuidade visual no mês 2. Tais ganhos visuais foram mantidos, com pacientes adultos tratados com ranibizumabe conseguindo um ganho médio de melhor acuidade visual corrigida (MAVC) de 11,0 letras no mês 12 em relação à linha de base. Aqueles tratados inicialmente com injeções simuladas que puderam receber ranibizumabe em regime pro re nata (PRN) a partir do mês 2 tiveram um aumento médio de MAVC de 9,3 letras no mês 12. A análise de subgrupos mostrou que o ranibizumabe foi eficaz na melhora da MAVC independentemente da acuidade visual basal e da etiologia subjacente da NVC. O tratamento com ranibizumabe ao longo de 12 meses também demonstrou ser benéfico na melhora da MAVC e da espessura subfoveal central em pacientes adolescentes com deficiência visual devida à NVC associada à doença de Best, à corioretinopatia idiopática e com drusas do disco óptico. O ranibizumabe foi bem tolerado e não houve novos achados de segurança.
  

Fonte: Universo Visual

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