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Estudo apresentado durante a 42ª American Society of Retina Specialists (ASRS) revela que sim

A retinopatia da prematuridade (ROP) é uma das principais causas de cegueira infantil evitável. Estima-se que cerca de 50 mil crianças em todo o mundo sejam cegas devido à doença, que tem nos bebês nascidos com menos de 1500 gramas ou antes das 31 semanas de gestação o público de maior risco.

A busca por novos fatores que levam a essa condição é fundamental para aprimorar a prevenção e o tratamento. Um estudo recente, apresentado durante a 42ª reunião anual da American Society of Retina Specialists (ASRS), que aconteceu em Estocolmo, na Suécia, revelou que a asma materna foi identificada como um fator de risco potencial para retinopatia avançada da prematuridade (ROP) em bebês prematuros.

Liderada por Zafar Gill, da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, a pesquisa avaliou dados de mais de dois mil bebês rastreados para ROP. Segundo o levantamento, os nascidos de mães com asma têm mais chances de ROP grave mesmo após o ajuste para fatores como idade gestacional e peso ao nascer.

Como foi feita?

Para a pesquisa, foram utilizados dados do registro de triagem ROP da Universidade do Colorado, que incluiu bebês rastreados entre janeiro de 2006 e junho de 2023 em dois hospitais. Cerca de 13,2% dos lactentes nasceram de mães com asma.

O estudo empregou modelos de regressão logística para quantificar esses riscos, mostrando que os bebês nascidos de mães asmáticas tiveram maiores chances de ROP estágios 1, 3 e 4 em comparação com aqueles nascidos de mães sem asma. Eles também eram mais propensos a desenvolver ROP tipos 1 e 2, bem como necessitar de tratamento para a doença.

De acordo com os cientistas envolvidos na pesquisa, é preciso uma investigação mais aprofundada sobre os mecanismos que ligam a asma materna ao desenvolvimento da ROP e eles reconheceram várias limitações, como a natureza retrospectiva e a ausência de dados sobre a gravidade da asma e hipóxia pré-natal. Apesar dessas restrições, os achados ressaltam a importância de considerar os fatores de saúde materna na compreensão e potencialmente mitigação do risco de ROP em prematuros.

 

Fonte: Ophthalmology Breaking News

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