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A Unidade Santos do Grupo HOSP passa a integrar a rede credenciada da Central da Catarata, negócio de impacto social que tem o objetivo de oferecer acesso às pessoas de baixa renda à cirurgia de catarata em clínicas paulistas de ponta. Parceira da empresa social em São Paulo, o hospital é referência em oftalmologia no Brasil, excelência conquistada ao longo de 30 anos de atuação. Com o acordo, a maior central de agendamento de cirurgias de catarata do país espera ampliar e aprimorar o atendimento à potenciais pacientes da Baixada Santista.
Na percepção de Guilherme de Almeida Prado, fundador da Central da Catarata, a chegada do negócio de impacto social a Santos representa a possibilidade de expandir um atendimento que hoje é conduzido na cidade de São Paulo. “Atendemos alguns pacientes que residem na Baixada Santista e que têm que vir à capital para o procedimento. Com a parceria, oferecemos mais comodidade para que esses pacientes, sobretudo os idosos, possam optar por fazer a cirurgia próximos das suas residências”, afirma. O executivo acrescenta que a expansão da empresa está alinhada ao objetivo de aumentar o impacto social. A Central da Catarata atua com um custo acessível mediante uma estratégia simples: utilizar horários vagos nos centros de excelência oftalmológica para atender a população de menor renda.
Segundo o professor-doutor Jorge Mitre, diretor do Hospital de Olhos de São Paulo (HOSP), a Central da Catarata tem atuado em um nicho de pessoas que foi colocada à margem pela sociedade – pacientes idosos que não enxergam, não têm opção de convênio e não podem arcar com altos custos cirurgias oftalmológicas. Nesse contexto, o médico aponta que o negócio de impacto social faz um trabalho maravilhoso e relevante, porque baixa os custos e atinge uma população cega sem opções. “Os pacientes da Central da Catarata, que atendemos em São Paulo, são pessoas que estão há muito tempo à espera do serviço público. Ao examinar, vemos que além da catarata, eles têm problemas oculares seríssimos que precisam ser tratados rapidamente, antes da cirurgia, como retinopatia diabética, degeneração de mácula e descolamento de retina. Quando cuidados adequadamente em clínicas e hospitais competentes, esses idosos voltam a enxergar. De uma condição de sujeitos jogados ao léu na sociedade, passam a ter a Central da Catarata a opção de acesso a um atendimento digno”, afirma o médico. 
Desafio do atendimento público
A dificuldade de enxergar causada pela catarata é considerada um dos sinais decorrentes do processo de envelhecimento. A doença atinge 13% da população brasileira acima dos 60 anos ou mais de idade, segundo o Ministério da Saúde. Aproximadamente 25 milhões de pessoas, sendo destes, 28,7% foram diagnosticados com catarata. Um contingente de 7.175 milhões de pessoas. A incidência anual da catarata na população madura é de 5%, ou seja, a cada ano, 1.250 milhão de brasileiros precisam realizar o procedimento cirúrgico. O acesso ao atendimento médico oftalmológico é decisivo para melhorar as condições de saúde ocular da população; a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que se houvesse um número maior de ações efetivas de prevenção ou de tratamento, 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados. Entretanto, a população brasileira de menor renda esbarra no desafio do atendimento público.
O brasileiro que depende da rede pública de saúde aguarda, em média, 350 dias por uma avaliação de catarata na cidade de São Paulo. Na prática, quase um ano inteiro para verificar se há indicação para cirurgia, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. Até dezembro de 2017, a fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) para correções da opacidade do cristalino contava 24 mil pessoas, somente em São Paulo; no Brasil são 113.185 cidadãos, de acordo com levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Esse contingente é formado, grande parte, por idosos da baixa renda. Uma pesquisa do Datafolha apontou o tempo de espera como fator com avaliação mais negativa do SUS e o maior gargalo da rede pública para 61% dos entrevistados que buscam uma cirurgia. O estudo também comparou o tempo de resposta às solicitações. Enquanto em 2014, 29% dos que haviam pedido exame, cirurgia ou consulta aguardavam desfecho após seis meses, em 2018 esse percentual passou a ser 45%, quase duas vezes maior.
A decisão de submeter à cirurgia está diretamente relacionada à qualidade de vida e manutenção da empregabilidade, mas esbarra no custo. Criada em 2017, a Central da Catarata tem o objetivo social de aumentar o acesso das pessoas à cirurgia, oferecendo condições exclusivas de preço, formas de pagamento facilitadas e processos transparentes. O negócio de impacto social passou a ser uma solução de acesso e já realizou mais de 500 cirurgias somente no primeiro ano.

Fonte: Central da Catarata

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