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Jeanete Herzberg – Administradora de empresas graduada e pós-graduada pela EASP/FGV. Autora dos livros “Sociedade e Sucessão em Clínicas Médicas” e “Conversando sobre Administração de Clínicas”

 Outro dia fui convocada pelo síndico e conselho do prédio onde moro, para fazer um treinamento de prevenção e combate a incêndio.

Durante uma hora, aprendi sobre extintores, seus diversos tipos e usos e providências prioritárias em caso de algum incidente.

Mais moradores do prédio estavam presentes – na verdade pelo menos um de cada andar. Ou seja, teoricamente estamos preparados para um eventual incêndio, afinal, todos recebemos as mesmas instruções e conhecimento.

Adicionalmente, não ter pessoas capacitadas impede a obtenção do Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros e a falta desse documento significa que a seguradora contratada pode se recusar a pagar a indenização e ainda colocar toda responsabilidade na pessoa do síndico, em caso de sinistro.

Os sócios de clínicas são responsáveis por todo o andamento da operação de seu negócio e por ele devem estabelecer as prioridades, os objetivos e o planejamento estratégico para que as coisas aconteçam de um modo mais controlado e menos sujeito a riscos.

Trocando em miúdos, a direção da clínica deve fornecer ferramentas e dar as diretrizes de como as atividades devem ser feitas com eficiência e eficácia.

Se querem que o atendimento aos pacientes seja de primeira qualidade, devem prover treinamento do time, ter equipamentos administrativos e tecnológicos adequados entre outras medidas, por exemplo.

Mas, para a definição desses objetivos e planejamento, os próprios sócios devem estar de acordo e remando na mesma direção. Para tanto devem estabelecer as regras de convívio entre si, que permitam um bom funcionamento e com transparência, resultando num comando único em que os colaboradores recebam diretrizes únicas.

Ter diversidade no comando em que as pessoas não saibam a quem ouvir, traz uma situação de insegurança e vulnerabilidade na gestão da clínica. Ter um plano estratégico em que as pessoas saibam onde a clínica quer chegar e com que recursos, facilita no alcance desses objetivos.

Então, se a preferência dos donos de clínica é de estruturar as regras societárias e aumentar a chance de sucesso e de desempenho de seus negócios, valerá a pena organizar tudo com calma e tempo. Numa situação especial e problemática, buscar soluções é sempre mais complicado.

Ou será que é melhor deixar a clínica pegar fogo e depois ver como refazê-la?

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