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Homem, branco, 64 anos, hipertenso, diabético e ex-tabagista é internado para colecistectomia. Durante a internação, sofre um infarto agudo do miocárdio sem elevação do segmento ST (IAMSST). Avaliado, opta-se por o encaminhar para cirurgia de revascularização do miocárdio.
O procedimento é realizado com sucesso, tendo sido necessário 72 min de circulação extracorpórea e aproximadamente 50 min de clampeamento da aorta.
Três dias após, o paciente queixa-se de perda da visão, bilateral, progressiva, sem cefaleia associada, de padrão altitudinal – descrita por ele como se fosse “uma xícara de café se enchendo”, acometendo primeiramente o campo inferior da visão.
À fundoscopia, nota-se, edema de disco óptico.
Qual o diagnóstico?
O paciente é diagnosticado então com neuropatia óptica isquêmica anterior (NOIA) não arterítica. Enfermidade esta definida pela perda da visão, não dolorosa, de aspecto altitudinal, e de curso agudo/subagudo. Geralmente, não apresenta bom prognóstico e pouco da visão perdida pode ser recuperada.
São fatores de risco para NOIA: hipertensão, diabetes mellitus, apneia obstrutiva do sono, hipotensão noturna, hiperlipidemia, anemia, tabagismo, cirurgia cardíaca, cirurgia para catarata, dentre outros.

Fonte: PebMed

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