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Chris Lopes

A catarata é uma das principais causas de cegueira no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mesmo assim, a desinformação por parte da população a respeito da doença e de seu tratamento ainda é grande.  Muitos acreditam, por exemplo, que a cirurgia é dolorida. Essas são algumas das descobertas da pesquisa “De olho na catarata”, apresentada pela Alcon em junho, mês dedicado à Conscientização da Catarata em diversos países com o objetivo de lançar luz sobre o tema. O levantamento revelou ainda que a visão é o segundo fator mais importante para se envelhecer com qualidade (89%), ao lado da mobilidade (também com 89%). O fator mais preponderante ficou com a memória, 90%.

O estudo global (realizado no Brasil, Alemanha, Austrália, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, Índia, Itália e Japão) foi feito entre os meses de março e abril deste ano com 7.331 pessoas com idade acima de 50 anos. “O objetivo da pesquisa é avaliar o papel da visão no envelhecimento de qualidade, além de analisar questões como mobilidade, audição e memória”, comenta Luiza Barros, head de comunicação da Alcon.

Do total de entrevistados, 701 entrevistados são do Brasil. Destes, 500 disseram não ter catarata e nem foram submetidas a cirurgia. Dos 201 que afirmaram ter a doença nos últimos cinco anos, 127 não tinham sido operados e 74 passaram pelo procedimento. No recorte Brasil, o estudo revelou que as pessoas ainda têm informações desatualizadas sobre a catarata, apesar de essa ser a condição ocular preponderante no envelhecimento. Dos respondentes, 64% afirmaram que acreditam ser necessário usar curativos após o procedimento, 30% não sabem que o tratamento é realizado por meio do implante intraocular (em termos globais esse número sobe para 42%), e 40% desconhecem a possibilidade de escolha entre diferentes tipos de lentes.

Outro ponto investigado no levantamento diz respeito às atividades que as pessoas querem desfrutar com mais qualidade depois da cirurgia. A leitura foi a atividade mais citada no recorte para o Brasil, 87% (no mundo esse número ficou em 83%), seguida do uso de aparelhos eletrônicos, 77%, dirigir, 73%, caminhar, 67%, e resolver palavras cruzadas/quebra-cabeças, 66%.

Ainda após a cirurgia, o estudo mostrou que 91% dos pacientes tiveram melhor qualidade de vida relacionada à visão e que muitos tiveram a visão “rejuvenescida”, elevando a autoestima das pessoas. O estudo mostrou que 47% dos entrevistados operados sentem que têm a visão de alguém 10 anos mais jovem. Por outro lado, 37% daqueles que usam óculos disseram se sentir mais velhos ao usar o objeto.

O estudo revelou também que os médicos são a fonte de referência para os pacientes obterem informações sobre a cirurgia de catarata. 90% dos entrevistados no Brasil recorrem aos médicos para saberem mais sobre o procedimento (no mundo o índice é de 83%), 39% buscam entendimento nos planos de saúde, 37% recorrem a sites especializados (número que sobe para 44% no mundo), 29% consultam familiares e 20%, amigos. Esses dados revelam a relevância dos oftalmologistas na disseminação do conhecimento para a população. “Os médicos atuam como protagonistas desta história. É com eles que os pacientes querem ter informações para se sentirem tranquilos durante a trajetória do tratamento da catarata. Dessa forma, o consultório se torna um local importante para a educação desse paciente e o oftalmologista tem voz importantíssima que precisa ser ouvida e usada no papel de educação”, conclui Luiza.

A pesquisa realizada pela Alcon traz um ponto importante sobre o cuidado com a visão com foco no envelhecimento saudável. Isso está conectado ao conceito do pró-aging, movimento que vem se firmando com uma maneira de encarar o passar dos anos com saúde. Os resultados são relevantes para a população brasileira, já que pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2021 apontou forte crescimento na faixa da população acima dos 60 anos. Segundo o instituto, em dez anos, a parcela de pessoas a partir dessa faixa etária passou de 11,3% para 14,7% dos brasileiros. Em números absolutos, esse grupo passou de 22,3 milhões para 31,2 milhões, crescendo 39,8% no período.

“A cirurgia de catarata é um procedimento que deve ser considerado prioritário, especialmente para aqueles que querem levar uma vida saudável e ativa enquanto envelhecem. Com o aumento da população brasileira acima de 60 anos, devemos ampliar a conversa sobre catarata, informando sobre o procedimento e as opções de lentes, para que mais pessoas possam viver mais saudáveis e felizes em seus anos prateados”, diz Fabio Almeida, head da área de negócios cirúrgica e country manager Alcon Brasil. O executivo aponta que a empresa segue focada em investir em pesquisa clínica e inovações em produtos. “Os resultados da Pesquisa Alcon De Olho Na Catarata 2023 são igualmente importantes pelo aspecto humano por destacar o impacto da tecnologia em lentes intraoculares, como as de correção de presbiopia”, conclui.

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