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A cerimônia de abertura do 63º Congresso Brasileiro de Oftalmologia começou com declarações dos três médicos que presidem o evento deste ano. O oftalmologista Marcelo Ventura deu boas-vindas aos participantes. Na sequência, Haroldo Vieira de Moraes Junior ressaltou “a importância do envolvimento integral de corações e mentes de todos que proporcionaram estarmos juntos esta semana”. 
Moraes destacou que todas as associações são bem-vindas na defesa de classe dos interesses da medicina e da oftalmologia. “Mais que associações que exercem seu papel democrático, valorizando os anseios da classe, nós, individualmente, podemos fazer muito em favor de nossa especialidade e de nossos pacientes”, disse. “É muito bom termos os melhores equipamentos para atender em consultórios. Mas 150 milhões de brasileiros dependem do Serviço Único de Saúde (SUS). Um ato voluntario de poucas horas de nossos dias podem contribuir para uma população mais saudável e melhor atendida”, apontou. 
Já o oftalmologista Marco Antonio Rey de Faria destacou a Comissão Científica do CBO. “A comissão nos brinda com uma programação que esmiúça cada tema atual e inovador, além de trazer à luz temas polêmicos que envolvem a classe médica”, ressaltou. “Durante o congresso também será discutido o engajamento da oftalmologia na atenção básica do SUS. Sendo esse o compromisso que assumimos junto às autoridades aqui presentes”, concluiu Rey de Faria. 
Ainda na cerimônia de abertura, José Augusto Ottaiano, presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, ressaltou que o CBO tem duas premissas. A primeira delas os oftalmologistas. “E por isso realizamos agora a transmissão do conhecimento por meio deste magnífico evento”, disse. Mas, segundo ele, a principal premissa é a preocupação com a saúde ocular da população brasileira. “Entre algumas realizações do CBO nos últimos dois anos estão dois fóruns que tratam da pessoa com deficiência visual, e duas convenções em que discutimos particularidades da especialidade”, explicou. 
Ottaiano ainda destacou a importância das pessoas para construir projetos significativos. “Não se consegue construir nem conquistar nada sozinho. Tive o privilégio de trabalhar com gente de primeira e conviver com pessoas especiais que ajudaram não só no evento, como nos dois anos de gestão”, ressaltou. “Particularmente gostaria de enfatizar a importância do deputado Hiran Gonçalves pelo engajamento em relação à toda a classe médica”, destacou. O presidente do CBO ainda falou sobre a relevância da Associação Médica Brasileira em defesa da classe médica e da saúde populacional. 
O Deputado Hiran Manuel Gonçalves da Silva, homenageado durante o evento,  agradeceu a celebração homenagem e a dividiu com o CBO “que tem defendido com  muita galhardia e dedicação a nossa atividade médica”. Segundo ele, a Frente Parlamentar da Medicina tem lutado por questões como a dos pacotes que confundem atos médicos com exames complementares e ao modelo que se quer implantar de telemedicina. “Reconhecemos a telemedicina, mas temos de combater com muito argumento a questão de se fazer teleconsulta sem médicos nas pontas”, afirmou. “Esse tipo de trabalho da Frente Parlamentar da Medicina que presido no Congresso Nacional tem ligação forte com a AMP, com sociedades de especialidades, e sindicatos por meio do Instituto Brasileiro da Medicina”, ressaltou.  
Para finalizar, o presidente da Associação Médica Brasileira, Lincoln Ferreira, falou sobre a importância do congresso. “Aqui temos ciência e boa prática empenhadas em fazer com que saiamos daqui melhor do que quando entramos”. exaltou. “Minha expectativa é que a hora mais escura seja suplantada e tenhamos um horizonte mais rosa, com escolas com conteúdo humanista e ético, discussões de alto nível e não sucateamento da assistência médica com consequências nefastas para a saúde do povo brasileiro. Tem de ter compromisso e equilíbrio entre o resultado financeiro e o serviço prestado”, finalizou. 

Fonte: Universo Visual

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