A pandemia do coronavírus se transformou em uma corrida contra o tempo para médicos, cientistas e demais profissionais: enquanto a doença se alastra rapidamente, os países buscam alternativas para conter e reduzir os impactos na saúde da população. A boa notícia é que a tecnologia é um importante aliado nesse momento.
Quando bem utilizadas, as soluções tecnológicas conseguem verdadeiramente ajudar clínicas e consultórios a identificar mais rapidamente pacientes com COVID-19. Dessa forma, é possível até mesmo realizar o atendimento sem colocar em risco o corpo clínico, a equipe administrativa e as demais pessoas.
Nesse sentido, o debate costuma girar em torno de Inteligência Artificial, Big Data e ferramentas complexas para mapear insights. São recursos importantes, claro, mas os consultórios podem agilizar seus atendimentos com uma ferramenta bem mais simples e conhecida de grande parte dos profissionais: o prontuário eletrônico.
Quais funcionalidades o prontuário eletrônico deve ter?
Nas atuais circunstâncias, as consultas médicas devem ser otimizadas e, principalmente, elencadas de acordo com o grau de urgência e necessidade. Dessa forma, é essencial que o profissional tenha um prontuário eletrônico que proporciona essa agilidade e esteja de acordo com as normas do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS). É possível acessar os sistema que possuem esta certificação pelo próprio site da SBIS.
O principal requisito que um prontuário eletrônico precisa ter é a Certificação SBIS-CFM com Nível de Garantia de Segurança 2 (NGS-2). Esse recurso serve como uma garantia de que o sistema é seguro, foi auditado de acordo com padrões internacionais e o mais importante: é autorizado a substituir em 100% o papel no atendimento.
Além disso, essa certificação é imprescindível para médicos que desejam trabalhar com telemedicina durante o período de quarentena. A prática foi liberada de forma provisória pelo CFM e prontuários eletrônicos com essa funcionalidade podem ser integrados com plataformas específicas para o atendimento remoto.
Outras funções que a solução pode incorporar no dia a dia médico são: notificações compulsórias imediatas de agravos na Lista de Problemas no caso de registo de qualquer tipo de coronavírus; alerta na evolução, caso seja inserido termos e condições referentes à doença; e disponibilização de questionário de triagem e identificação para COVID-19.
O que mais o consultório pode fazer durante a pandemia?
A tecnologia é fundamental, sem dúvida, mas há outras práticas que um consultório médico deve adotar durante este período para evitar a propagação do coronavírus. A primeira medida, evidentemente, é com a higienização do local. Disponibilize álcool em gel em áreas estratégicas e intensifique os esforços em biossegurança e esterilização de todos os materiais e equipamentos.
A rotina também precisa ser diferente. Aumente o intervalo entre os pacientes justamente para evitar aglomerações e conseguir limpar tudo com frequência. Solicite às pessoas que estiverem em boas condições para irem ao consultório sem acompanhante, além de lavar as mãos com sabonete ao chegar e ao sair da clínica.
Uma boa dica é criar um e-mail informativo a todos os pacientes com conteúdo referente à COVID-19 para tranquiliza-los e orientá-los de forma correta. Nesta comunicação, peça àqueles que apresentam sintoma de gripe ou que tenham retornado de viagem internacional para respeitarem o prazo de 14 dias de quarentena, remarcando as consultas. E não se esqueça de sua equipe administrativa, oferecendo as condições para que todos possam se prevenir. Dessa forma, você garante o melhor atendimento médico mesmo em um momento tão preocupante para a saúde de todos.
Fonte: Saúde Business