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Em um estudo retrospectivo conduzido por pesquisadores brasileiros, foram abordadas as preocupações sobre a ocorrência de metástases oculares. Liderada pelo primeiro autor, Matheus Senna Pereira Ogata, MD, do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a pesquisa teve como objetivo aprofundar a frequência e as características das metástases oculares na população brasileira.

“Considerando o que se sabe sobre metástases oculares”, afirmaram Ogata e seus colegas, “nosso objetivo foi expandir a base de conhecimento investigando o perfil dos pacientes com metástases oculares”.

Metodologia do estudo
O estudo incluiu uma análise de registros médicos de junho de 2017 a junho de 2023, com foco em pacientes encaminhados ao Serviço de Oncologia Ocular da Universidade Federal de São Paulo com suspeita de metástase ocular.

Dos 37 casos identificados, com uma média de idade no diagnóstico de 53,47 anos, 15 foram confirmados como tendo metástases oculares. Notavelmente, quase três quartos desses pacientes eram mulheres, indicando uma possível disparidade de gênero na ocorrência de metástases oculares.

Principais descobertas
“Os locais mais comuns de tumores primários identificados foram a mama e os pulmões”
, relataram os pesquisadores. Eles também observaram que todos os casos confirmados tinham metástases na coroide, com uma acuidade visual inicial média de 1,37 ± 1,04 logaritmo do ângulo mínimo de resolução.

A quimioterapia surgiu como o principal tratamento sistêmico para 73,3% dos pacientes, enquanto mais da metade não foi submetida a tratamento ocular. O período médio de acompanhamento foi de 14,8 meses, durante os quais foi observada uma taxa de mortalidade de 30,0%.

Implicações para a pesquisa e o atendimento ao paciente
Ao comentar sobre a importância de suas descobertas, os autores enfatizaram a necessidade de estudos multicêntricos para caracterizar melhor essa população. “Nossos achados descrevem o perfil dos pacientes com diagnóstico confirmado de metástases no Brasil”, observaram, “destacando as características individuais e das lesões”.

A revelação do estudo de uma frequência relativamente baixa de metástases oculares na população brasileira acrescenta uma dimensão significativa à compreensão dessa condição. Ela ressalta a importância de esforços contínuos de pesquisa para elucidar as complexidades das metástases oculares e melhorar os resultados dos pacientes.

Fonte: Ophthalmology Breaking News

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