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Um levantamento publicado recentemente na revista Scientific Reports revela que as reações pupilares podem dar insights sobre os mecanismos fisiológicos subjacentes à depressão.

A pesquisa se concentrou em medir a resposta pupilar dos participantes enquanto eles se envolviam em uma tarefa. O estudo observou que em indivíduos sem depressão as pupilas dilataram-se na expectativa de uma recompensa durante determinada atividade, enfatizando uma conexão entre motivação e reação pupilar. No entanto, isso foi visivelmente diminuído em participantes com depressão.

Um ponto importante para os resultados é o papel do locus coeruleus, uma estrutura cerebral que abriga a maior concentração de neurônios noradrenérgicos no sistema nervoso central. Esses neurônios respondem ao neurotransmissor noradrenalina, um componente crítico na resposta ao estresse e na regulação positiva da excitação.

O estudo descobriu que a resposta pupilar reduzida em pacientes com mais apatia indicou uma falta de ativação no locus coeruleus, apontando-o como um processo fisiológico crucial que contribui para a sensação de apatia.

Além disso, a pesquisa revelou uma correlação entre a gravidade dos sintomas depressivos e a resposta pupilar enfraquecida, reforçando a confiabilidade dos achados. Essa replicação se alinha a um estudo anterior do mesmo grupo de pesquisa, destacando a raridade da replicabilidade em métodos neuropsiquiátricos e estabelecendo a pupilometria como um método confiável para pesquisa.

De acordo com os cientistas, a pupilometria também contribuiria para a definição das estratégias de tratamento. Por exemplo, pacientes que têm resposta pupilar significativamente reduzida poderiam se beneficiar mais de antidepressivos direcionados ao sistema noradrenérgico. As dosagens dos medicamentos também poderiam ser otimizadas com base na reação pupilar observada.

Fonte: Ophthalmology Breaking News

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