
Lucas Silva Barbosa, Economista Chefe
Olá, caro leitor!
Estou iniciando uma nova jornada escrevendo pela primeira vez para a coluna Valor & Visão para vocês, aceitando o desafio de trazer informação de qualidade sobre temas relevantes, como economia, finanças e o mercado de capitais.
Brevemente me apresentando, sou Lucas Silva Barbosa, conhecido por amigos e clientes como “Lucrão”. Sou bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Paraná. Certificado e credenciado pela Associação Nacional das Corretoras de Valores (ANCORD), atualmente sou economista-chefe e um dos sócios fundadores da Petrus Advisor Assessoria de Investimentos. Acompanho o mercado financeiro desde a graduação, há exatos 17 anos, e antes de me tornar assessor de investimentos credenciado à XP Investimentos, passei por algumas instituições financeiras, como Bradesco e Santander.
Para esta primeira coluna, escolhi o tema: A relevância dos ETFs na alocação de portfólio e sua eficiência de mercado.
O que é um ETF?
Um ETF (Exchange-Traded Fund, ou Fundo Negociado em Bolsa) é um fundo de investimento que busca replicar o desempenho de um índice de mercado, setor ou classe de ativos. Ele combina características de ações e fundos tradicionais, permitindo que os investidores comprem e vendam cotas ao longo do dia em seu home broker, como se fosse uma ação.
Os ETFs podem ser de renda variável (como os que seguem índices de ações) ou de renda fixa, commodities e até criptomoedas. São uma alternativa de baixo custo, pois costumam ter taxas de administração menores que os fundos tradicionais, e uma excelente opção para diversificação, permitindo exposição a diferentes mercados sem a necessidade de escolher ativos individualmente. Ao comprar um único ETF, você investe em vários ativos simultaneamente, reduzindo riscos.
A importância da diversificação
No mundo dos investimentos, a diversificação é um dos princípios fundamentais para a construção de um portfólio sólido e resiliente. Entre as diversas opções disponíveis, os ETFs se consolidam como ferramentas essenciais para investidores que buscam eficiência, flexibilidade e custos reduzidos. Para médicos e profissionais da saúde que possuem uma rotina intensa e pouco tempo para acompanhar o mercado, os ETFs oferecem uma solução eficiente, permitindo um investimento estratégico sem a necessidade de monitoramento constante.
Eficiência de mercado e gestão passiva
Uma das principais vantagens dos ETFs é sua eficiência de mercado. Como seguem um índice, não exigem a gestão ativa de um profissional escolhendo ativos individuais. Isso reduz custos operacionais e taxas de administração, além de minimizar riscos decorrentes de escolhas ineficientes.
Estudos indicam que mais de 80% dos fundos de gestão ativa não superam consistentemente o desempenho de seus respectivos índices de referência ao longo de 10 anos. Um estudo da SPIVA (S&P Indices Versus Active) mostrou que, em um horizonte de 15 anos, cerca de 90% dos gestores ativos falham em superar o mercado.
Enquanto fundos de gestão ativa frequentemente cobram taxas de administração entre 1,5% e 2,5% e taxas de performance entre 10% e 25%, os ETFs costumam ter taxas menores, variando entre 0,1% e 0,8%.
E você deve estar se perguntando, mas Lucrão, como posso alocar ETFs em meu portfólio de investimentos?
A alocação de ativos é um fator determinante para o sucesso de um portfólio. Os ETFs podem ser utilizados para diversos objetivos, como:
- Diversificação Global – ETFs de mercados internacionais permitem exposição a economias diversas sem a necessidade de comprar ações individualmente em cada país.
- Exemplo: IVVB11 (iShares S&P 500).
- Proteção Contra a Inflação – Alguns ETFs são focados em ativos como ouro, commodities e títulos indexados à inflação, ajudando a preservar o poder de compra.
- Exemplos: IMAB11 (iShares Tesouro IPCA) e GOLD11 (ETF de Ouro).
- Exposição a Setores Específicos – ETFs temáticos possibilitam investimentos em setores promissores, como tecnologia, saúde e energias renováveis.
- Exemplos: TECK11 (Trend Tecnologia), ECOO11 (It Now Carbon Efficient) e CARE11 (Trend Saúde).
- Renda Passiva – Existem ETFs que distribuem dividendos regularmente, proporcionando uma fonte de renda adicional.
- Exemplos: DIVO11 (iShares Índice Dividendos) e BBSD11 (BB Dividendos).
*Lembrando que isto não é uma recomendação de investimentos.
Considerações finais
Em resumo, os ETFs oferecem um equilíbrio entre diversificação, eficiência e praticidade, sendo uma excelente opção para otimizar a alocação de portfólio e aumentar as chances de sucesso no longo prazo.
Assim como na oftalmologia, onde a precisão e a visão de longo prazo são fundamentais, no mundo dos investimentos, a escolha de ativos que tragam estabilidade e crescimento contínuo pode fazer toda a diferença. Os ETFs se destacam nesse cenário como instrumentos poderosos para um portfólio equilibrado e eficiente.
Espero que tenham gostado do tema! Fico à disposição para esclarecer dúvidas, receber sugestões para os próximos temas e feedbacks sobre o texto.
Um abraço a todos!
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