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Na manhã ensolarada desta quinta-feira, o Auditório 4 abrigou o Simpósio da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica – SBOP durante o primeiro dia do Congresso Norte-Nordeste de Oftalmologia 2023. Coordenado por Barbara Stofel Ventorin e Ana Carolina Carneiro, o simpósio foi aberto com a palestra da oftalmologista Ana Carolina Vieira sobre “Alergia Ocular: Como manejar casos graves”.

Barbara Stofel Ventorin discorreu sobre “Refração: Do básico aos casos especiais”, enquanto “Retinopatia da prematuridade: panorama atual da prática no Brasil” foi o tema explanado por Jessica Correia da Silva Tavares. A médica Ana Carolina Carneiro palestrou sobre “Como organizar ações sociais para o atendimento infantil”, e Hevila Tamar Rolim Lima trouxe à tona “Glaucoma na infância: O que você precisa saber sobre tratamento cirúrgico”. Na sequência, Camille Catarina Artuso de Hungria deu a palestra “Diretrizes sobre periodicidade de exame em crianças normais e midríase/ cicloplegia SBOP”. Para encerrar as palestras do auditório 4 voltadas à SBOP, Ana Carolina Vieira falou sobre “Astigmatismo e ceratocone em crianças: O que eu preciso saber”.

Lusa Reis Silva também participou do simpósio da SBOP e abordou em sua palestra “Como manejar Hordéolo e Calázio de repetição”. Um dos pontos levantados pela médica foi o tratamento do demodex, que normalmente é feito com ivermectina oral na apresentação de 6mg. “Quando a criança tem menos de 30 quilos prescrevemos meio comprimido, acima desse peso, um. E a dose deve ser repetida em 15 dias, que é o ciclo de vida do demodex, para garantir que o tratamento foi efetivo e matou todos os parasitas”, explicou. Lusa também comentou que nos Estados Unidos há estudos que apontam a tendência do uso de óleo de melaleuca nos tratamentos. “Este óleo também está disponível no Brasil e inclusive ele pode ser manipulado em forma de xampu. Vários trabalhos apontam a eficácia desse óleo no combate a demodex que é usado aplicando na pálpebra como se fosse um xampu por pelo menos 45 dias para que possa combater três ciclos de vida do demodex e garantir que eles saíram da pálpebra”, ressaltou.

Lusa também comentou sobre a blefaroconjuntivite, que tem incidência muito alta na população infantil, e falou sobre um estudo que aponta que asiáticos tem quadros mais severos da doença. Ela apontou ainda que além de ferramentas tradicionais de tratamento, como, dependendo da gravidade, antibiótico, corticoide, e luz pulsada, alguns suplementos podem ser efetivos. “As glândulas ficam entupidas e o tratamento começa com a higiene do local, lembrando que a limpeza deve ser sempre com água morna porque é o calor que irá contribuir para a melhora da pálpebra. Também há na literatura a indicação de suplementação com ômega 3 e de probióticos. Há um estudo publicado que concluiu que crianças que melhoraram a microbiótica intestinal com probióticos tiveram menos casos recorrentes”, comentou a médica.

 

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