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Por Flavio Mendes Bitelman

É um murro no estômago ver essas imagens e perceber como um país que era tão apaixonante mudou tanto. Damasco já não é o que era, Alepo desmoronou-se, e milhares de vidas perderam-se na guerra, que se arrasta sem fim à vista.
A Síria era, para os turistas, um lugar onde a hospitalidade do povo e a riqueza da história se sobrepunham à presença de um governo carrancudo e repressivo.
Alepo, a maior cidade da Síria, é também uma das mais antigas cidades do mundo, existem indícios de que terá sido habitada desde o III ou IV século antes de Cristo. Em 2010, quando estive lá, era uma cidade cosmopolita, com mais de dois milhões de habitantes,a Cidade Antiga de Alepo era reconhecida como Património da Humanidade da Unesco, e as mesquitas e igrejas eram pontos turísticos de grande interesse.
Já chegar a Damasco era uma imersão na história humana: no centro da cidade, em um mesmo campo de visão, era possível admirar o Templo de Júpiter (levantado pelo Império Romano), a mesquita Omíada, o túmulo de Saladino e o bazar Al-Hamidiyah, onde negociantes vendiam seus tecidos e especiarias há séculos.
Se antes um berço de hospitalidade, hoje A síria é um lugar proibido, tanto para turistas como para muitos de seus nativos. E a guerra não poupou quase ninguém, infelizmente.

 

Fonte: Universo Visual

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