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A pandemia de COVID-19 trouxe novos hábitos às pessoas. Hoje, com o necessário isolamento social, simples atitudes como consumir produtos ou serviços e se relacionar com amigos e familiares são feitas no ambiente on-line graças às ferramentas de tecnologia. O mesmo acontece na área da saúde. Enquanto grande parte de médicos e enfermeiras atua na linha de frente no combate à doença, outros buscam manter os atendimentos eletivos para garantir uma vida saudável à população. Nesses casos, a alternativa encontrada foi apostar na proposta da telemedicina.
O conceito representa, de forma resumida, a consulta remota de pacientes por meio de tecnologias de comunicação e informação, foi liberada em caráter temporário e excepcional pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) durante a pandemia. De acordo com o órgão, este método pode ser utilizado de três formas: teleorientação (atendimento à distância de orientação e encaminhamento de pacientes em isolamento), telemonitoramento (acompanhamento de indicadores de saúde em pacientes) e teleinterconsulta (troca de informações entre profissionais de saúde).
A questão é que a liberação da telemedicina não significa liberdade incondicional para o médico realizar suas consultas do jeito que preferir e com a tecnologia que desejar. Há regras essenciais que precisam ser seguidas à risca (comentei sobre elas anteriormente). O mais importante é compreender que o atendimento on-line possui nuances e particularidades em relação ao contato presencial, exigindo a utilização de novas ferramentas e habilidades para realizar o diagnóstico e orientar com qualidade a população. Em suma: é necessário que o consultório e o profissional estejam adaptados à tecnologia.
Quem já está acostumado com recursos tecnológicos em seu dia a dia certamente terá mais facilidades do que aquele que ainda fica preso ao papel. Profissionais clínicos já adeptos ao prontuário eletrônico com assinatura digital conseguirão se adaptar mais rapidamente à nova realidade.
O avanço do novo coronavírus obrigou a adoção da quarentena e do isolamento social o que, por sua vez, exige maior dinamismo, eficiência e inovação por parte dos médicos. Se o consultório ainda depende dos arquivos físicos, tem processos burocráticos de gestão e utiliza agendamento em papel, dificilmente conseguirá realizar consultas on-line e correrá o risco de ver o número de atendimentos cair.
Além disso, mais do que saber utilizar a tecnologia no cotidiano do consultório, é necessário com sistemas que realmente tragam eficiência operacional na execução das tarefas. No Brasil, por exemplo, a telemedicina só é permitida se o médico utilizar a assinatura digital em todo o atendimento clínico. Isso obriga que ele tenha um prontuário eletrônico capaz de integrar este serviço, atendendo as certificações de segurança NGS-2 da SBIS-CFM. As melhores soluções também possuem integração com plataformas de áudio e vídeo compatíveis com a HIPAA Compliance, outro item recomendado no atendimento remoto.
Quando o profissional de saúde consegue combinar a habilidade necessária para utilizar tecnologia com soluções eficientes que digitalizam processos, passa a ter a condição ideal para fazer um atendimento de qualidade, humanizado e que proporciona bem-estar e satisfação aos pacientes seja na telemedicina ou presencialmente. No fim, o médico não se preocupa muito com a forma como ele vai desempenhar suas funções se conseguir fazer aquilo que ele se preparou e estudou durante sua carreira: melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Fonte: Saúde Business

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