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Foi publicado no jornal Ophthalmology um estudo sobre um novo protocolo destinado a diagnosticar rapidamente o derrame ocular, o que possibilita agilizar os cuidados para evitar a perda da visão dos pacientes.

O derrame ocular, também conhecido como oclusão da artéria central da retina, acontece quando a artéria principal que fornece sangue para a retina fica bloqueada, normalmente por um coágulo, levando à privação de oxigênio semelhante a um AVC no cérebro. A intervenção quando ocorre dentro de seis a 12 horas após o início dos sintomas permite dissolver o coágulo e evitar a perda permanente da visão.

Para a pesquisa, conduzida por oftalmologistas da New York Eye and Ear Infirmary of Mount Sinai (NYEE), os médicos desenvolveram um protocolo de tratamento utilizando OCT, cujos equipamentos foram estrategicamente colocados em três hospitais dentro do Sistema de Saúde Mount Sinai, que têm prontos-socorros e equipes especializadas em AVC.

Como funciona?
Ao apresentar-se no PS com suspeita de acidente vascular cerebral, o serviço de AVC avalia o paciente e realiza exames de imagem da retina. As imagens são transmitidas eletronicamente para especialistas em retina para diagnóstico imediato. Se um derrame ocular for confirmado, os neurorradiologistas intervencionistas vasculares podem administrar o ativador do plasminogênio tecidual (tPA) – um medicamento que dissolve coágulos – na artéria oftálmica bloqueada.

No estudo que analisou 59 pacientes que se submeteram ao protocolo nos primeiros 18 meses, os pesquisadores observaram um tempo médio para o tratamento de aproximadamente duas horas e meia após a admissão hospitalar. Os pacientes apresentaram melhora visual significativa após o tratamento, com 66% demonstrando evolução dentro de 24 horas e 56% mantendo a melhora da visão um mês após o procedimento.

De acordo com o autor principal do estudo Gareth Lema, “relatamos um novo protocolo para o diagnóstico de derrames oculares que não apenas pode salvar a visão desses pacientes, mas também demonstra o potencial de usar a consulta remota para emergências oftalmológicas “, observa.

Ainda segundo os pesquisadores, “a cooperação entre as equipes de subespecialidades de neurologistas, especialistas em retina e radiologistas intervencionistas é a chave para a triagem rápida dos pacientes na emergência”.

Fonte: Ophthalmology Breaking News

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