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Por Jeanete Herzberg

Gosto de assistir esportes pela televisão. Vôlei é meu preferido e futebol vejo em época de Copa. Tenho notado o uso de tecnologias que auxiliam os árbitros a decidirem uma jogada duvidosa, de difícil julgamento com a velocidade com que as coisas acontecem em quadra ou em campo.

Em ambos os esportes existem o árbitro principal e os auxiliares – no futebol, os bandeirinhas e no vôlei, os juízes de linha. Em caso de dúvida as ferramentas tecnológicas são acionadas para verificação da melhor decisão sobe o lance.

E como são feitas as verificações nas clínicas, do ponto de vista de administração?

Uma vertente está na utilização da contabilidade como ferramenta de gestão. Buscando uma definição da razão da existência da contabilidade achei o seguinte:

“O objetivo da contabilidade é fornecer informações financeiras e gerenciais precisas e confiáveis ​​sobre a situação financeira de uma empresa”; em outra citação: “Tem como objetivo os estudos dos patrimônios, dos bens, direitos e obrigações para empresas, públicas ou privadas, e pessoas físicas e jurídicas” Isso inclui a função de deixar a clínica resolvida com relação aos tributos, impostos e funcionamento legal.

Uma outra função da contabilidade é quase como a do VAR ou dos juízes de linha: assegurar que tudo está caminhando de uma forma correta, especialmente no aspecto financeiro.

Para que isso aconteça, a contabilidade precisa de todos os dados (coerentes e precisos) da movimentação da clínica. Só assim os relatórios, impostos e obrigações serão bem atendidos.

Controles gerenciais são fundamentais para fornecerem conhecimento sobre o desempenho de uma clínica, assim como para basearem decisões estratégicas. Dados errados, informações incorretas e, portanto, conhecimento duvidoso direcionarão para decisões errôneas.

Na minha vivência profissional, em clínicas médicas, tenho observado que a maioria dos médicos não tem controles bem-feitos e muito pior, não os usam para saber o que acontece no dia a dia.

Com frequência vejo como os únicos indicadores usados o volume de faturamento mensal e o total das despesas, sem qualquer detalhamento.

Resultados:

  • Inúmeras clínicas descobrindo fraudes cometidos por funcionários e fornecedores, por exemplo – aos próprios donos, a pacientes, médicos contratados e até a outros funcionários.
  • Decisões equivocadas por uso de base não confiável. Quanto mais controles bem-feitos, maiores as chances de acerto.

Minhas recomendações continuam as mesmas: façam seus controles, usem na plenitude seus sistemas de gestão que, quando bem implantados e utilizados, tem todo tipo de relatório. Usem a contabilidade como VAR ou juiz de linha e garantam que seus negócios estejam sendo bem cuidados e tenham saúde!

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