Os presidentes da Comissão Executiva do congresso, Alexandre Henrique Bezerra Gomes, Marco Antônio Rey de Faria e Paulo Augusto de Arruda Mello, afirmaram que mais do que o reencontro da especialidade, o CBO 2021 marca o desejo dos profissionais de enfrentar e vencer os desafios que se apresentam, e enfatizaram o empenho da Comissão Científica para oferecer um evento de alta qualidade de conhecimento.
Rey de Faria comentou que ao final do século 20, no mesmo Centro de Convenções, acontecia um Congresso Brasileiro de Oftalmologia. “Passada a pandemia temos a missão de realizar o congresso da volta com um programa científico que foi cuidadosamente preparado”, disse. O oftalmologista ainda ressaltou que o apoio da indústria foi fundamental para realizar este evento. “Serão três dias intensos em novos conhecimentos e sedimentação do aprendizado”, finalizou.
Já Mello revelou que realizar um congresso com mais de 600 palestrantes, com cerca de 3 mil colegas, só foi possível graças a um grupo exemplar de colaboradores. “Todos não mediram esforços para termos aproveitamento ímpar do evento”, enfatizou. O médico também comentou que o conhecimento da humanidade duplicava a cada século, passou a duplicar a cada 50 anos e hoje isso acontece a cada 17 meses. “Com este congresso devemos resgatar a posição do oftalmologista na prática da medicina e valorizar a relação médico paciente que ficou tão desgastada nos últimos tempos”, apontou.
Ainda durante a cerimônia, Gomes falou que a oftalmologia, mais uma vez, coloca-se na vanguarda. “Recebemos com muita honra um grande desafio, a retomada. É um grande marco não só para a oftalmologia brasileira, mas para todas as especialidades médicas. Através da nossa experiência será retomado um novo ciclo presencial de congressos, promovido pelos nossos relatos e experiência”, enalteceu.
José Beniz Neto, presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, destacou que a atual gestão do CBO tinha pouco mais de 2 meses quando tudo ficou diferente por causa da pandemia. “Rapidamente tivemos de alterar os planos. Precisamos desenvolver outros formatos para levar serviços aos oftalmologistas brasileiros, foi necessário oferecer orientação e apoio na retomada das atividades e ainda preparar um congresso virtual. Entramos cada vez mais no mundo digital e passamos a interagir com milhares de pessoas nas lives quinzenais. Além disso, reinventamos a forma de fazer mutirões. Somos uma entidade altiva que enfrentou os vários desafios com resiliência”, enumerou.
Foram várias as celebrações da noite. Entre elas, foram homenageados com a medalha de Honra ao Mérito do CBO Adalmir Morterá Dantas, de Niterói (RJ); Carlos Augusto Moreira, de Curitiba (PR); Cyro de Barros Rezende (in memoriam); Hiran Manuel Gonçalves da Silva, de Tefé (AM); e Moacyr Eyk Álvaro (in memoriam).
A medalha Centenário de Ensino em Oftalmologia no Brasil foi para a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina da Bahia (UFBA), Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro Fundão, e Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
E foi dada a largada para o primeiro Congresso Brasileiro de Oftalmologia pós-pandemia.
Fonte: Revista Universo Visual