Tempo de leitura: 2 minutos
José Beniz Neto, presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, comentou que desde 1983 o CBO entrega à comunidade oftalmológica o livro cujos temas são escolhidos para levar atualização aos especialistas. “Estas obras são de extrema relevância para o exercício da nossa profissão. Nos anos iniciais, os assuntos eram mais voltados a questões acadêmicas. Mas hoje intercalamos com temas sociais. É de grande relevância o engajamento dos colegas que dedicaram tempo para um assunto tão importante. É emocionante ver uma obra tão qualificada sendo entregue à nossa comunidade”, relatou durante a solenidade. 
O volume de Oculoplástica, que tem 125 capítulos e teve a participação de 21 coordenadores e 147 autores (nacionais e internacionais), contou com a relatoria de André Luís Borba e Roberto Murilo Limongi.  Um diferencial do material é o acervo inédito de 145 vídeos cirúrgicos. Ao passar pelas figuras com código de barras, basta o leitor ler o código com o celular para ter acesso, automaticamente, ao vídeo relacionado. “Realmente o grande diferencial são os vídeos que são bastante didáticos e ajudam muito na oculoplástica, que é muito visual”, afirmou Borba. “A Oculoplástica vem crescendo exponencialmente e tornou-se primordial a sua atualização. Não foi simples nos juntarmos com oncologia ocular. Mas depois vimos que se nos uníssemos poderíamos criar uma obra muito completa e especial”, completou Limongi.
Já o volume de Oncologia Ocular teve como relatores Eduardo Ferrari Marback e Zélia Maria da Silva Corrêa. Participaram da elaboração desta obra, que está dividida em 43 capítulos, 89 autores. “No Brasil, poucas pessoas têm treinamento em oncologia e patologia ocular. Já em países como os Estados Unidos, a base dos programas de residência é patologia ocular. A obra tem a parte clínica e também muitas explicações a respeito de patologia ocular”, ressaltou Marback. 
Outro ponto abordado pelo médico é que os bons livros de oncologia ocular são americanos. E a realidade deles não é a mesma que a nossa. “Quando participamos de congressos internacionais, os tumores de pálpebra e superfície são colocados no dia em que muitas pessoas já foram embora por não ser um tema que fora do Brasil tenha tanta relevância. Já aqui isso é extremamente importante pela nossa questão geográfica. Temos muitos tumores gerados por causa da exposição ao ultravioleta, fato que traz uma regionalização para o Brasil”, explicou.  “No livro, fiquei muito feliz de ter o prefácio assinado por Clelia Erwenne, grande difusora da oncologia ocular no Brasil”, completou. 
Zélia Correa concluiu ressaltando a relevância de participar do projeto do Tema Oficial. “Nossa especialidade nunca foi brindada com o livro, e esta obra importante mostra a maturidade da oncologia ocular”, revelou. “Foi uma experiência muito produtiva”, finalizou. 

Fonte: Revista Universo Visual

Compartilhe esse post