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Por Juliana Rosa – Pós graduação Lato Sensu em Córnea pela UNIFESP; Especialização em lentes de contato e refração pela UNIFESP; Residência médica em Oftalmologia pela UERJ; Graduação em Medicina pela UFRJ.
 
Muitos pacientes com doenças virais, como o resfriado comum ou as conjuntivites virais, saem do consultório frustrados por não prescrevermos tratamentos efetivos contra estas infecções. Na verdade muitos queriam a receita de um antibiótico ou uma solução imediata. No entanto, vale ressaltar que essas doenças são virais e não podem ser tratadas com antibióticos.
São autolimitadas, duram em geral de sete a 10 dias e não há medicações que solucionem imediatamente essas infecções. O que precisamos lembrar constantemente é que na conjuntivite viral, por exemplo, o mais importante são as orientações para evitar o contágio e para o alívio sintomático.
As orientações fazem parte do tratamento e acompanhamento desses pacientes. Quais seriam elas?
  • Lavar as mãos constantemente e não coçar os olhos;
  • Não compartilhar toalhas, roupas de cama, etc;
  • Desinfectar superfícies e itens compartilhados com álcool 70% para evitar transmissão;
  • Orientar ao paciente que a conjuntivite viral é uma condição autolimitada, podendo haver piora do quadro nos primeiros quatro a sete dias. O quadro pode se arrastar caso o paciente tenha envolvimento corneano;
  • Evitar contato com pacientes imunodeprimidos, crianças e gestantes;
  • Restringir atividades para pacientes com exposição significativa a outros indivíduos durante o quadro (atestado);
  • Compressas geladas aliviam os sintomas;
  • O uso de lágrimas artificiais, preferencialmente sem conservantes, também pode aliviar os sintomas;
  • Suspender o uso de lentes de contato até a resolução dos sintomas;
  • Não existe benefício no uso de antibióticos ou corticoides na conjuntivite viral aguda. Os corticoides têm indicações específicas na fase tardia da doença;

Fonte: PEBMED

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