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Estudo publicado recentemente no jornal especializado Pediatrics (Estados Unidos) revela que muitos traumas sofridos durante a prática de esportes no Ensino Médio atingem a cabeça e podem, inclusive, comprometer a visão. Treinadores que participaram do levantamento apontaram mais de 9,5 mil concussões durante 20 modalidades esportivas num período que abrangeu os anos letivos de 2013/2014 e 2017/2018.  
 O futebol americano foi o esporte que mais fez vítimas entre os rapazes, respondendo por 4.183 casos. Na sequência vieram o wrestling (luta) e o basquete. Já com relação às meninas, o maior número de acidentes ocorreu durante partidas de futebol (1.055), seguido de basquete e vôlei. Na comparação entre sexos, as meninas se envolveram duas vezes mais em acidentes do que os meninos. Na opinião dos autores do estudo, vinculados à Universidade da Carolina do Norte e à Universidade do Colorado, houve um aumento acentuado do nível de competitividade que expôs a situação e a necessidade de mais ações preventivas entre os alunos. 
De acordo com o médico oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, esportes como futebol, tênis, handebol, basquete e lutas de artes marciais normalmente são praticados sem qualquer proteção nos olhos – erro grave que precisa ser reparado. Dependendo da lesão, pode haver perda parcial ou total da visão. “Quando se fala em proteger os olhos durante a prática esportiva, as pessoas imediatamente pensam em natação ou em modalidades menos populares, como esgrima e hóquei – que já contam com máscaras protetoras como parte do uniforme. Mas é preciso estender essa precaução, buscando soluções em conjunto com os dirigentes esportivos”.
 
Cuidados com a visão podem definir campeões
Segundo Neves, os primeiros sinais de que a visão de um atleta está precisando de mais atenção podem ser percebidos quando ele começa a perder jogadas fáceis. “Sentir incômodos com as luzes e movimentos rápidos também indica que há algo para ser investigado. Tenistas que sentem dificuldade em rebater bolas ou perdem serviços com frequência são exemplos de que podem não estar cem por cento. No beisebol, os problemas visuais podem fazer com que o jogador esteja sempre se adiantando ou atrasando nas jogadas, devido à má percepção. Nenhum jogador que esteja com dificuldade para enxergar bem pode defender uma bola ou chutá-la com precisão. Principalmente em esportes que dependem de mira, não há como disfarçar”.

Fonte: Eye Care Hospital de Olhos

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