Em pleno século XXI, os médicos sabem que é necessário adotar as tecnologias de informação e comunicação (TICs) para maior segurança, qualidade e efetividade dos cuidados aos pacientes. Talvez o exemplo mais comum seja o da adoção do prontuário eletrônico por hospitais ou clínicas. Não ter ou usar um, indica uma distância grande e muito arriscada de uma boa prática da medicina.
A telemedicina está hoje de tal forma difundida e integrada à prática usual da assistência aos pacientes que, em países como os Estados Unidos, vem sendo substituída, aos poucos, por termos como “cuidados conectados ou “saúde conectada . No evento anual da American Telemedicine Association, em maio deste ano, em Chicago, a Kaiser Permanente, um dos maiores sistemas verticalizados de saúde daquele país, mostrou que das 110 milhões de consultas realizadas em 2017, 52% foram virtuais. Ou seja, uma importante consolidação das ferramentas tecnológicas para a assistência às pessoas a distância.
Em todas as especialidades médicas é possível aplicar, de alguma forma, estratégias de telemedicina, seja para promoção e prevenção à saúde, diagnóstico, tratamento ou reabilitação de pacientes.
De 4 a 6 de abril de 2019, será realizado o Global Summit Telemedicine & Digital Health, evento organizado pela Associação Paulista de Medicina, com o apoio do Transamerica Expo Center. Esta iniciativa coloca a APM como protagonista de uma mudança necessária, a de um maior envolvimento e apropriação do uso das ferramentas tecnológicas pelos médicos, o que pode os aproximar mais dos seus pacientes e vice-versa.
Autorizado pelo próprio Conselho Federal de Medicina, o uso de aplicativos como o WhatsApp tem facilitado a comunicação dos pacientes com seus médicos assistentes, em diversas circunstâncias. Entretanto, é importante atentar para as evidências publicadas, já há alguns anos, de que a comunicação audiovisual (videoconferência) é mais segura e tem maior qualidade na interação médico-paciente quando comparada com formas não visuais de comunicação.
Há noticias de que a revisão do Código de Ética Médica, que está em consolidação pelo CFM para os próximos meses, trará uma maior abertura para o uso da telemedicina pelos nossos médicos. Esperamos que sejam mudanças realmente efetivas para que possamos oferecer à nossa população o que já foi demonstrado em outros países com a telemedicina: maior acesso aos sistemas de saúde, maior resolubilidade e redução de custos, o que pode ser obtido com segurança e qualidade.
O Global Summit Telemedicine & Digital Health terá uma programação intensa, com palestrantes internacionais que trarão a experiência prática da introdução e desenvolvimento da telemedicina em seus países. A saúde digital (eHealth, mHealth, Internet of Medical Things- IOMT, etc.) também será objeto deste evento o qual, além de conferências, painéis e outras atividades científicas, terá uma grande área de exposição para as novidades tecnológicas deste setor.
Mais informações em http://www.telemedicinesummit.com.br
Fonte: Acontece Comunicação e Notícias