INFORME PUBLICITÁRIO | ADAPT
A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é a principal causa de cegueira irreversível em pessoas com mais de 60 anos. Com o aumento da expectativa de vida da população mundial, a doença é um ponto de atenção para os profissionais de saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que, no mundo, mais de 200 milhões de pessoas vivem com DMRI. Ainda segundo a OMS, destes, entre 5 a 10% dos casos são exsudativa (úmida) e o restante são atrófica (seca).
No Brasil, de acordo com o “Relatório de recomendação Conitec”, de agosto de 2022, sugere-se a prevalência de DMRI de 2,2% na faixa etária de 70 a 79 anos e de até 10,3% em indivíduos com 80 anos ou mais. Assim como nos outros países, a DMRI seca é responsável pela maior parte dos casos (entre 85% e 90%).
Uma solução que contribui para controlar o avanço da doença chegou recentemente ao país, trazido pela Adapt. Trata-se do Valeda Light Delivery System, uma terapia de fotobiomodulação. “Antes da pandemia, durante o evento da American Academy of Ophthalmology, tivemos conhecimento de que o equipamento estava sendo usado para o tratamento/controle da DMRI seca. Estudamos as referências no mercado internacional, observamos os resultados em países como Inglaterra e Alemanha, e trouxemos alguns equipamentos para que oftalmologistas reconhecidos o testassem no Brasil. Diante dos resultados, vimos a oportunidade de trazer o Valeda para o Brasil”, conta Vagner Dantas, gerente de marketing na Adapt, empresa responsável pela comercialização do aparelho no país.
Como a fabricante tem limitação de produção, os equipamentos demoram cerca de 120 dias para chegar às clínicas do país. “Estamos trabalhando step by step, com o compromisso de trazer resultados para pacientes e oftalmologistas. Por isso temos acompanhado de perto os médicos que têm feito aplicação. E, felizmente, só temos casos positivos”, diz Dantas.
Como funciona
Para o tratamento/controle da DMRI seca com o Valeda, o paciente faz nove sessões durante três semanas seguidas, com espaçamento mínimo de 24 horas e máximo de uma semana. A cada quatro meses é feito um OCT para avaliar os efeitos das aplicações. As sessões devem ser repetidas a cada seis meses.
As aplicações duram cerca de cinco minutos por olho, não são invasivas e são feitas bilateralmente, mesmo que o paciente apresente a DMRI em apenas um dos olhos. “O aparelho usa três comprimentos de onda que têm atuação em duas proteínas presentes na retina, a citrocromo C e a citocromo C oxidase. Esta iteração permite melhor absorção de oxigênio na retina, melhorando a respiração celular e, consequentemente, o metabolismo retiniano, colaborando para que todo o grupo retiniano trabalhe de forma mais eficaz”, explica William Hideki Enohi, gerente de produto na Adapt.
Evidências
Alguns estudos foram feitos sobre o Valeda. Um deles, o LIGHTSITE III, mostra melhora na visão em indivíduos com DMRI seca intermediária tratados com fotobiomodulação (PBM). O estudo, um ensaio clínico prospectivo, multicêntrico, duplo-mascarado, atribuído aleatoriamente, foi conduzido em 10 centros especializados em retina nos Estados Unidos. O objetivo foi tratar pacientes com DMRI seca com PBM a cada quatro meses por um período de 24 meses.
A média de idade foi de 75 anos e o tempo médio de DMRI seca desde o diagnóstico foi de 4,9 anos antes da inclusão no estudo. A maioria dos indivíduos foi considerada portadora de DMRI seca intermediária. A análise incluiu 91 olhos no grupo de tratamento PBM e 54 olhos no grupo de tratamento simulado na população com intenção de tratar.
Os resultados do ensaio demonstraram melhora estatisticamente significativa no desfecho primário pré-especificado na Acuidade Visual com Correção (AVCC) aos 13 meses no grupo de tratamento PBM em relação ao grupo de tratamento simulado (p = 0,02). Além de melhorias no AVCC, as medições anatômicas em indivíduos tratados com PBM não demonstraram aumento significativo na patologia e drusas nos 13 meses em comparação com a linha de base, enquanto indivíduos simulados continuaram a ver aumentos numéricos na deposição de drusas.
Segundo os pesquisadores, os participantes só foram inscritos no estudo caso a visão fosse de 20/32 a 20/100 e sem nenhuma evidência de (Atrofia Geográfica) (AG) na mácula central. Isso porque os pacientes com DMRI seca intermediária têm patologia e deficiência visual consistentes com estágios iniciais da doença e não perderam tecido da retina ao progredir para AG. Assim, explicaram os cientistas, há uma oportunidade de melhorar a visão enquanto o tecido da retina ainda é viável. Eles concluíram que a terapia com PBM usando o Valeda Light Delivery System pode atender a uma necessidade significativa de pacientes com DMRI seca que agora têm o potencial de melhorar sua acuidade visual e controlar sua evolução com o tratamento/controle.
Na prática
Recentemente, Magno Ferreira, professor associado da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), passou a usar o Valeda. Ele dá o exemplo de dois pacientes com drusas moles, confluentes, que já tinham diminuição importante da sensibilidade de contraste, o que acabava afetando a qualidade de vida. “Na minha opinião, este é o tipo de caso ideal para o uso dessa terapia: quando o paciente tem uma forma de DMRI que vai evoluir e apresenta perda de sensibilidade de contraste que podemos tentar melhorar com a fotobiomodulação”, comenta.
A segurança mapeada nos estudos científicos foi fator decisivo para que Ferreira optasse por oferecer aos pacientes uma nova possibilidade de controlar a DMRI seca. “O LIGHTSITE III, por exemplo, envolveu muitas pessoas sérias e relacionadas à vida acadêmica e apresentou resultados importantes. Em 22% dos casos, os pacientes tiveram melhoras de 10 linhas. Já 55% melhoraram cinco letras. Esses resultados são promissores”, reflete Ferreira.