- Geralmente monocular (10% binocular);
- Perda visual que se desenvolve em horas a dias com pico em uma a duas semanas – 90% dos pacientes tiveram redução significativa da acuidade visual central no trial de tratamento de neurite óptica (ONTT) com 457 pacientes, variando entre 20/25 e 20/190;
- Dor ocular em 92% no ONTT e muitas vezes piorada com a movimentação ocular. O início geralmente coincide com a perda visual;
- Defeito pupilar aferente sempre que o outro olho não está envolvido. Ao emitirmos luz neste olho doente, existe um atraso tanto no reflexo consensual quanto no direto;
- Defeito de campo visual caracterizado como escotoma central. No ONTT praticamente todos os defeitos de campo visual foram vistos. Neste estudo, 56% normalizaram em 1 ano e 73% normalizaram em dez anos.
- Papilite com hiperemia e edema do disco, borramento das margens dos disco e veias dilatadas são vistos em 1/3 dos pacientes com neurite óptica. Os outros 2/3 tem neurite retrobulbar com uma fundoscopia normal. A papilite é mais comum em crianças com menos de 14 anos e em sul africanos negros e asiáticos;
- Fotopsias (luz tremendo, flashes de luz) são geralmente precipitados pelo movimento ocular e reportados em 30% dos pacientes com ONTT;
- Perda da visão de cores desproporcional à perda de acuidade visual é comum. O ishihara (teste de visão de cores) foi anormal em 88% dos olhos no ONTT. O erro aumenta para 94% usando um teste mais sensível (Farnsworth-Munsell 100);
- Outros sinais de inflamação ocular que podem ser vistos na fundoscopia: embainhamento perivenoso e periflebite retiniana podem ser vistos em 12% dos pacientes e implicam em maior risco de esclerose múltipla;
- Uveíte, células na câmara anterior e/ou pars planite são incomuns.
- Perda visual persistente. Muitos recuperam a visão dentro do primeiro ano, porém podem manter deficit na visão de cores, sensibilidade ao contraste e estereopsia por mais de 2 anos;
- Um defeito pupilar aferente relativo pode se manter em 1/4 dos pacientes até 2 anos após a apresentação;
- A alteração na visão de cores pode se manter no olho afetado;
- Uma exacerbação temporária das alterações visuais pode ocorrer com o aumento da temperatura corporal (ex: banho quente, exercícios físicos), o que é chamado de fenômeno de Uhthoff;
- Atrofia óptica em algum grau quase sempre se segue ao quadro de neurite óptica, apesar da melhora da acuidade visual. O disco se mostra pálido, sendo a palidez mais importante na região temporal.
Fonte: https://pebmed.com.br/neurite-optica-o-que-os-oftalmologistas-precisam-se-atentar/