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Semana passada, milhares de pessoas que vivem na América Norte se reuniram para assistir ao eclipse total do sol. Muitas delas viajaram para outras cidades para poder observar de perto o fenômeno, principalmente com destino ao sul do Texas. Segundo o site da Nasa, 99% dos moradores dos Estados Unidos puderam ver o eclipse total ou parcial dos seus locais de residência.

A umbra, que é o centro escuro da sombra do eclipse, passou pelo México, Estados Unidos e Canadá, e se tornou um evento marcante por ser o último eclipse solar total desse tipo visível nos Estados Unidos até 2044.

Apesar da beleza do evento astronômico, é preciso ter cuidado para que ele não afete os olhos já que as pessoas podem experimentar retinopatia solar após ver o eclipse se estiverem sem proteção.

Artigo na Ophthalmology Times aponta que, no caso de retinopatia solar, o oftalmologista pode, além de esperar que a condição melhore, agendar exames de acompanhamento para monitorar pacientes com sintomas e educá-los a usar óculos de proteção especiais para a ocasião. Vale ressaltar que esses óculos se esgotaram em vários pontos de venda nos países onde aconteceu o eclipse no dia 8 de abril.

Segundo o estudo “Severe solar maculopathy associated with the use of lysergic acid diethylamide”, a visualização de eclipses é a principal causa de retinopatia solar e pode provocar visão turva, uma mancha preta central e metamorfopsia. “Após seis meses, a acuidade visual geralmente está na faixa de 6/5 a 6/12, mas frequentemente com um pequeno escotoma subjetivo central”, disseram os pesquisadores. “A acuidade visual nem sempre se recupera e tem permanecido tão baixa quanto 3/60 com danos permanentes na retina na forma de buracos e pseudoburacos na retina”, comentaram.

O mesmo levantamento conclui que os pacientes podem ter uma boa recuperação nos primeiros três meses após uma lesão na retina solar e apontaram que 6/6 de acuidade visual foi atingida em três casos, apesar das acuidades visuais iniciais de 6/36, 6/24 e 6/18, respectivamente. “A persistência da hipopigmentação foveal aos três meses em dois casos pode ter sido preditiva de pior acuidade visual a longo prazo, assim como pode ter sido significativamente anormal a sensibilidade ao contraste acromático (SCA) e os limiares de contraste cromático (ECC)”, concluíram.

Com tantos possíveis observadores para os próximos eclipses, é recomendado uso de óculos destinados a esse fim e que sejam certificados. A Great American Eclipse recomenda que as pessoas não comprem óculos de eclipse em sites para evitar adquirir produtos falsificados.

No Brasil, o próximo eclipse solar visível acontecerá em 2 de outubro de 2024 e será parcial, visível no centro-sul do País. Anote na agenda!

Fonte: Ophthalmology Times/ BBC

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