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Por Tiago Delgado – sócio-fundador da Medicina Direta, empresa especializada em gestão e serviços digitais para clínicas e consultórios. É formado em Comunicação Social pela ESPM e Mestre em Marketing pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra. No Reino Unido, atuou como gerente de comunicação de contas como Mercedes-Benz e Audi. 
Um bom médico não é só aquele que consegue fazer cirurgias complicadas ou diagnosticar uma doença de forma rápida e precisa. Hoje, é imprescindível que o profissional também saiba se comunicar com seu paciente, consiga ouvir e oferecer conselhos de vida saudável e, principalmente, o deixe mais confortável para fazer exames de rotina e prevenção. Estes tópicos são apenas alguns exemplos do atendimento humanizado, um conceito que está em alta na medicina e que muitos consultórios ainda buscam implantar. Felizmente, a tecnologia oferece auxílio justamente neste ponto.
A proposta de uma maior humanização no relacionamento entre médicos e pacientes não é nova. O Ministério da Saúde, por exemplo, lançou em 2003 a Política Nacional de Humanização (PNH), com diretrizes para as práticas de atenção e gestão na saúde pública brasileira. Contudo, foi o avanço tecnológico dos últimos anos que permitiu um crescimento significativo desta ideia, oferecendo as condições necessárias para que os profissionais possam, realmente, se dedicar aos seus pacientes com a atenção que eles merecem e esperam ao invés de serem engolidos em processos burocráticos e administrativos.
Com um software de gestão na nuvem, o médico agiliza os processos internos e ganha mais tempo para o paciente, ouvindo com mais afinco suas queixas e conseguindo estabelecer um relacionamento mais pessoal essencial para chegar ao diagnóstico preciso. É o famoso “olho no olho que aumenta a confiança de um indivíduo em uma consulta. Afinal, se ele procura um profissional de saúde é porque tem algum problema e quer que o especialista resolva o quanto antes. Além disso, com os registros disponíveis na nuvem, o próprio consultório fica mais humanizado ao se livrar dos arquivos e da papelada, auxiliando no conforto de quem estiver por lá.
Há também o aspecto prático: como todos os dados das pessoas estarão digitalizados, o profissional pode cruzá-los de forma rápida e eficiente, obtendo uma visão mais completa de cada um de seus pacientes. Com as informações certas, é possível deixar a consulta muito mais pessoal não há nada que agrade mais do que ser chamado pelo nome ou ver que o profissional lembra de seu caso sem ter que consultar um histórico. A personalização do atendimento é a base da medicina humanizada e só é possível com o apoio de recursos tecnológicos para realizar estas tarefas automáticas.
O último levantamento da Pesquisa TIC Saúde, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, já evidencia essa mudança de percepção. Médicos que possuem computador e acesso à web conseguem atender um maior número de pacientes por dia (54%), diminuiu a realização de exames duplicados ou desnecessários (80%), reduziu a lista de espera de pacientes (63%), identificaram maior eficiência no atendimento (85%) e viram melhora na qualidade do atendimento como um todo (82%).
Hoje, o médico é mais do que um prestador de serviço para as pessoas. Pela posição que ocupa e pelos anos de estudo e preparação para se formar e especializar, ele é visto como um conselheiro e alguém capaz de influenciar positivamente em nossa saúde. Por conta disso, ele deve ouvir, olhar e perceber as preocupações e aflições que marcam seus pacientes durante uma consulta. O tratamento eficaz começa quando percebemos que não somos apenas um “caso a mais dentro dos consultórios.

Fonte: Saúde Business

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