A visão é o sentido mais desenvolvido que temos, isso porque 80% da informação que o nosso cérebro recebe é visual, por isso manter uma boa saúde ocular é fundamental para todos os aspectos da vida de um indivíduo.
Hoje em dia, muitas pessoas estão suscetiveis a sofrer dessa síndrome, pois, além de longos dias de trabalho em frente ao computador, continuamos presos as telas enquanto assistimos a um episódio da nossa série favorita ou verificamos os últimos posts nas redes sociais. É precisamente esse tipo de comportamento que provoca um aumento considerável da doença.
Dados da Johnson & Johnson afirmam que, dentro da população da Geração Z até aos 74 anos de idade, apenas 59% dos adultos mais velhos consideram que cuidar da saúde dos olhos é necessário para prevenir problemas de visão, enquanto 53% dos jovens entre 18-23 anos partilham este pensamento. Por essa razão, existe um sentido de urgência na nossa comunidade para recomendar um exame oftalmológico para tratar doenças complexas, crónicas ou multifatoriais, tais como a Síndrome do Olho Seco.
Uma elevada percentagem de pacientes que realizam consulta oftalmológica têm sinais e sintomas de Olho Seco e muitos deles desenvolvem ao longo do tempo. Estudos do Instituto de Microcirurgia Ocular mostram que 86% dos pacientes com Síndrome do Olho Seco têm disfunção nas glândulas Meibomianas (MGD), que obstruem e impedem a proteção da película lacrimal que cobre a superfície externa do olho.
Na América Latina, estima-se que cerca de 50% das consultas oftalmológicas se devem ao olho seco, uma condição difícil de identificar pelos pacientes porque os sintomas, tais como olhos irritados, coceira, ardor e visão turva, são facilmente confundidos com outros problemas.
Brasil, Chile e Argentina tem aumento de casos de Olho Seco durante a pandemia
A pandemia fez com que milhões de pessoas passassem muito tempo em frente as telas, levando à Síndrome do Olho Seco. De fato, mais de 38% dos entrevistados pela pesquisa da Fight for Sight, instituição britânica que financia pesquisas sobre prevenção e tratamento de cegueira e doenças oculares, revelaram que problemas na visão se agravaram desde o início da pandemia.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia enfatiza que 90% dos usuários que passam mais de três horas por dia em frente as telas têm algum sintoma que pode prejudicar a saúde dos olhos, uma vez que, para manter a atenção em computadores, celulares e televisões, o número de piscadelas diminui e, consequentemente, os olhos são lubrificados com menos frequência, causando um desequilíbrio na produção de lágrimas.
Também estima-se que no Brasil, 12,8% da população, na proporção de três mulheres para cada homem, tem os olhos secos enquanto que no Chile, foi relatada uma prevalência de aproximadamente 17,9% de mulheres e 10,5% de homens com Síndrome do Olho Seco, que também aumentou devido ao confinamento. Por outro lado, na Argentina há mais de quatro milhões de pessoas que sofrem desta patologia e 86% delas possuem alterações nas glândulas Meibomianas – que estão localizadas na margem das pálpebras onde nascem os cílios, evitando que as lágrimas sequem rápido demais e protegendo a película lacrimal que cobre a superfície externa do olho.
Anteriormente, essa patologia passava despercebida, mas com os avanços tecnológicos e a constante exposição as telas, a síndrome do olho seco tornou-se um grande problema de saúde. Nos últimos anos, também houve uma mudança notável e favorável nos métodos de diagnóstico e na qualidade dos tratamentos destinados a essa doença específica que compromete a superfície ocular.
Se aceitarmos o fato de que as causas dessa síndrome são de alta frequência entre a população – e que não vão ser reduzidas a curto prazo – podemos vislumbrar a oportunidade para melhorar a orientação a cerca da saúde global das pessoas.
Hoje em dia, existem tecnologias inovadoras no mercado que permitem a realização de diagnósticos precisos em questão de minutos. Esses dispositivos médicos são capazes de desbloquear as glândulas sebáceas e ajudar a restaurar uma película lacrimal saudável.
Graças à alta tecnologia e inovação, tais ferramentas obtêm uma imagem de alta definição do interior das pálpebras inferiores do paciente, o que pode corroborar e apontar o diagnóstico da síndrome. O diagnóstico de alta qualidade irá, sem dúvidas, reforçar a ligação entre o paciente e o oftalmologista, e desde que o tratamento seja realizado rapidamente, a necessidade de internação também será reduzida.
Uma das mais recentes soluções para pacientes com olhos secos é o sistema de pulsação térmica, que também facilita o diagnóstico por imagem com o tomógrafo dinâmico Meibomian. Além disso, o tratamento com luz pulsada tem um elevado nível de eficácia na redução da secura, sensação de corpo estranho e dor, e mantém as melhorias durante um longo período de tempo até ao final do tratamento.
Estimativas de especialistas na área da oftalmologia preveem que o efeito terapêutico poderia proteger os olhos do paciente por até doze meses, ou seja, um minuto de terapia durante um mês, retira a sensação de areia nos olhos ou a necessidade de gotas para lubrificar os olhos.
Historicamente, os especialistas oculares têm tentado remover bloqueios nas glândulas Meibomianas apertando fisicamente a pálpebra, uma solução dolorosa e nem sempre eficaz, mas graças às novas tecnologias, estamos no caminho da transformação e da mudança.
A visão é fundamental para as nossas vidas, mas os nossos olhos passaram pela mudança de viver apenas com a luz natural para estar em frente as telas por até 10-12 horas por dia; embora essa condição possa agora ser controlada, se deixada sem tratamento ou não tratada corretamente, os sintomas dos Olhos Secos podem reaparecer.
Existem diferentes testes disponíveis para o diagnóstico do Olho Seco. No entanto, é importante que consulte o seu médico e o seu oftalmologista sobre as alternativas e as opções terapêuticas mais avançadas no mercado.
Fonte: J&J Surgical Vision