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O primeiro grande congresso oftalmológico presencial depois da paralização causada pela Covid-19 está com uma programação intensa. 
Uma das palestras da manhã desta quinta-feira foi durante o Simpósio da Sociedade Brasileira de Administração em Oftalmologia (SBAO) e tratou sobre “Acreditação: vale para todos?”. Ministrada por Ricardo Valente, oftalmologista do Rio de Janeiro, com MBA em gestão pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O médico abordou os aspectos positivos e negativos da acreditação. “Se me perguntarem se isso é para todo mundo minha resposta será sim. Mas dependerá da individualidade de cada um, de como quer se posicionar no mercado e onde quer estar”, afirmou.
O processo de acreditação é um selo de qualidade que avalia as melhores práticas da instituição e envolve uma mudança organizacional, visando a melhoria contínua. “É um sistema de avaliação periódica e voluntária que acontece de dentro para fora. No Brasil, apenas 5% dos hospitais têm esse selo. Quanto às clínicas, esse índice não atinge 1%”, revelou.
Valente enumerou alguns aspectos negativos e positivos do selo. Entre os negativos estão o alto custo; mudanças culturais o que, segundo ele, é uma dificuldade porque os médicos não querem mudar o jeito de trabalhar; as inúmeras reuniões para alinhar toda a equipe e ter de lidar com desafios e frustrações porque ao implementar novos processos pode ser que no meio do caminho algo não saia exatamente dentro do previsto. 
Em relação aos benefícios, o oftalmologista pontua a melhoria da segurança e dos resultados assistenciais; a diminuição do retrabalho e a redução de custos; a integração entre processos e setores; a padronização e o controle de processos e compromissos com resultados. “A operação flui, vão todos na mesma direção. Outros aspectos positivos são a identificação de riscos e oportunidades futuras, a visibilidade no mercado e o diferencial competitivo frente aos concorrentes”, completou. 
A entidade responsável pelo selo é a Organização Nacional de Acreditação (ONA), que atua no Brasil desde 1999. “A acreditação existe há anos em muitos países. Nos Estados Unidos, por exemplo, desde 1951. No Brasil, em 1992 o manual da ONA foi distribuído aos hospitais. Mas foram lidos e guardados. Em 1997, o Ministro da Saúde convidou o autor do manual para desenvolver o processo no país e dois anos depois foi constituída a ONA aqui”, explicou Péricles Cruz, superintendente técnico da organização. 

Fonte: Revista Universo Visual

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