A catarata é uma das principais causas de cegueira no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mesmo assim, a desinformação por parte da população a respeito da doença e de seu tratamento ainda é grande. “Muitos acreditam, por exemplo, que a cirurgia é dolorida”. Essa é só alguma das descobertas reveladas pela pesquisa “De olho na catarata”, apresentada nesta terça, 21, pela Alcon. Os dados apresentados, também mostraram que a visão é considerada o segundo fator mais importante para se envelhecer com qualidade (89%), ao lado da mobilidade (também com 89%). O fator mais preponderante ficou com a memória, 90%.
O levantamento global foi feito entre os meses de março e abril com 7 mil pessoas com idade acima de 50 anos. “O objetivo da pesquisa é avaliar o papel da visão no envelhecimento de qualidade, além de analisar questões como mobilidade, audição e memória”, comenta Luiza Barros, Head de Comunicação Brasil e Mercados de Exportação e Crescimento Brasil da Alcon.
Do total de entrevistados, 701 entrevistados são do Brasil. Destes, 500 disseram não ter catarata. Dos 201 que afirmaram ter a doença nos últimos cinco anos, 127 não tinham sido operados e 74 passaram pelo procedimento. No recorte Brasil, o estudo revelou que as pessoas ainda têm informações desatualizadas sobre a catarata, apesar de essa ser a condição ocular preponderante no envelhecimento. Dos respondentes, 64% afirmaram que acreditam ser necessário usar curativos após o procedimento, 30% não sabem que o tratamento é realizado por meio do implante intraocular (em termos globais esse número sobe para 42%), e 40% desconhecem a possibilidade de escolha entre diferentes tipos de lentes.
Outro ponto investigado no levantamento diz respeito às atividades que as pessoas querem desfrutar com mais qualidade depois da cirurgia. A leitura foi a atividade mais citada no recorte para o Brasil, 87% (no mundo esse número ficou em 83%), seguida do uso de aparelhos eletrônicos, 77%, dirigir, 73%, caminhar, 67%, e resolver palavras cruzadas/quebra-cabeças, 66%.
Ainda após a cirurgia, o estudo mostrou que 91% dos pacientes tiveram melhor qualidade de vida relacionada à visão e que muitos tiveram a visão “rejuvenescida”, elevando a autoestima das pessoas. O estudo mostrou que 47% dos entrevistados operados sentem que têm a visão de alguém 10 anos mais jovem. Por outro lado, 37% daqueles que usam óculos disseram se sentir mais velhos ao usar o objeto.
O estudo revelou também que os médicos são a fonte de referência para os pacientes obterem informações sobre a cirurgia de catarata. 90% dos entrevistados no Brasil recorrem aos médicos para saberem mais sobre o procedimento (no mundo o índice é de 83%), 39% buscam entendimento nos planos de saúde, 37% recorrem a sites especializados (número que sobe para 44% no mundo), 29% consultam familiares e 20%, amigos. Esses dados revelam a relevância dos oftalmologistas na disseminação do conhecimento para a população. “Os médicos atuam como protagonistas desta história. É com eles que os pacientes querem ter informações para se sentirem tranquilos durante a trajetória do tratamento da catarata. Dessa forma, o consultório se torna um local importante para a educação desse paciente e o oftalmologista tem voz importantíssima que precisa ser ouvida e usada no papel de educação”, conclui Luiza.