O recesso do final do ano e as férias de verão terminaram, e com isso, as rotinas são retomadas.1 Como o retorno às atividades estudantis e às atividades físicas interfere na rotina de consultórios e clínicas oftalmológicas?
No primeiro trimestre do ano é muito comum observarmos mais crianças, adolescentes e adultos jovens nas salas de espera, tanto pela demanda das escolas que exigem avaliação oftalmológica anual, quanto pela preocupação em avaliar necessidade de correção visual ou mudança de refração, do próprio indivíduo ou de familiares.
A visão, essencial para o aprendizado, é responsável pela maior parte da informação sensorial recebida do meio. A integridade dessa percepção é indispensável para o ensino da criança. Com o ingresso na escola, se desenvolve mais intensamente as atividades intelectuais e sociais, diretamente associadas às ca
pacidades psicomotoras e visuais. Entretanto, segundo o Ministério da Educação, somente parte inexpressiva dessa população se submete a algum tipo de avaliação oftalmológica antes de ingressar na escola.2
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 80% das causas de cegueira infantil são preveníveis ou tratáveis.3 O quanto mais precocemente acontecer o diagnóstico, o tratamento e a habilitação visual, maiores são as probabilidades de melhora do desempenho visual.
Números publicados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) mostram que no Brasil aproximadamente 20% dos escolares apresentam alguma alteração oftalmológica e 10% dos alunos primários necessitam de correção por apresentarem erros de refração, como hipermetropia, miopia e astigmatismo; sendo que, aproximadamente 5% destes, têm redução grave de acuidade visual.2
A identificação de problemas visuais em crianças e adolescentes em idade escolar é uma abordagem preventiva, com a finalidade de impedir a evolução de certas doenças e melhorar o aprendizado e o aproveitamento escolar. É necessário, portanto, que essas crianças tenham acesso à assistência e atendimento oftalmológico para poder desenvolver integralmente suas capacidades e potencialidades.3-5
Uma vez detectada a necessidade de correção visual em uma criança ou adolescente, pode-se avaliar a indicação de lentes de contato, como alternativa ao uso dos óculos, para certas atividades. A opção de usar as lentes pode melhorar o desempenho de crianças em atividades esportivas, por exemplo.
A prática de esportes, em qualquer faixa etária, está associada a benefícios físicos, psíquicos e sociais e deve ser sempre estimulada. Em crianças, atividades em ambientes externos estão relacionadas ao retardo no aparecimento e na progressão da miopia, e as práticas esportivas em ambientes abertos podem contribuir para se alcançar o tempo de exposição necessário relacionado com este efeito protetor.6-11
Mas é necessário prestar muita atenção ao se eleger uma lente de contato para esses jovens. Lentes de contato gelatinosas, lentes esclerais ou ortoceratologia podem ser usadas para indivíduos que praticam esportes; lentes rígidas gás permeáveis quase não são utilizadas pela instabilidade e risco de deslocamente durante a atividade física. Lentes gelatinosas são preferidas pelo conforto, e pela flexibilidade no uso único ou na troca planejada; lentes esclerais têm boa qualidade visual e conforto, mas têm alto custo e requerem adaptação e treinamento especial; a ortoceratologia dispensa o uso de lentes durante a atividade física, mas também têm limitações de disponibilidade, adaptação e correção refracional, além risco de complicações associadas ao uso noturno de lentes de contato. Desta maneira, a correção dos erros de refração para a prática de atividades físicas é feita, salvo exceções, com lentes gelatinosas.14-17
As lentes de contato de descarte diário podem ajudar com a responsabilidade da manipulação das lentes. Como dispensam os cuidados com armazenamento e assepsia, podem facilitar a adaptação de crianças e adolescentes ao uso seguro destes dispositivos, pois estarão usando uma lente nova sempre.18
Tanto em crianças quanto em adultos, uma maior atividade metabólica durante as atividades físicas acarreta um aumento nos níveis de ácido láctico e uma redução na concentração de glicose na câmara anterior, aumentando a chance de edema corneano. Desta maneira, lentes de contato que permitem um maior fluxo de oxigênio, como as de silicone hidrogel, são as mais recomendadas para praticar esportes, particularmente aqueles com maior intensidade aeróbica.19
Além do retorno às atividades físicas, um cenário onde as atividades híbridas e a conexão com os aparelhos digitais está cada vez mais presente em escolas e universidades, também requer uma avaliação oftalmológica mais cuidadosa. E quando se opta pelo uso de lentes de contato como método de correção visual, algumas considerações devem ser levadas em conta.
62% dos usuários de lente de contato, quando estão com as suas lentes nos olhos, sentem diminuição no desempenho da mesma ao longo dia.20 E qual seria a causa deste fato? Independente da idade, da atividade: acadêmica, física ou profissional; que as pessoas exerçam, todos buscam sempre “desempenho nas mais diversas funções. E o cotidiano envolve muitas mudanças de atividades e de ambientes, como o uso de aparelhos digitais e ar condicionado, entre outros. Os olhos expostos estes ambientes podem ter uma instabilidade do filme lacrimal, levando a sensação de olhos cansados, ressecados, irritados e com instabilidade visual21-23. O uso de lentes de contato pode contribuir para esta condição24.
Piscamos cerca de 14 mil vezes por dia, juntamente com a instabilidade do filme lacrimal, aumentamos o atrito com as pálpebras, o que afeta negativamente o conforto do usuário de lentes.25 Um material de lentes de contato que se integre aos componentes da lágrima, pode minimizar experiências negativas com as lentes.26-28
Algumas tecnologias podem proporcionar benefícios aos usuários de lentes de contato gelatinosas, como a tecnologia HydraLuxe®, que simula as mucinas das lágrimas e auxilia na promoção uma superfície refrativa consistentemente lubrificada e estável.29,30
Esta tecnologia exclusiva, inspirada na lágrima, foi projetada para proporcionar conforto durante o dia todo através de uma rede melhorada de moléculas semelhantes à mucina, incorporada em toda a lente (não é apenas uma tecnologia de revestimento). Esta tecnologia ajuda a estabilizar de uma maneira uniforme todas as camadas do filme lacrimal, promovendo uma superfície refrativa consistentemente lisa, lubrificada e estável. A lubrificação da lente pode ser comparada com a de um olho nu, sem a presença de uma lente de contato.30 Funciona de uma forma estável o dia todo, não sendo diminuída com o piscar.29
Converse com seu paciente sobre todas as opções de correção visual que possam auxiliá-lo no seu retorno às suas atividades. Não descarte a opção de lentes de contato como uma aliada nas mais diversas situações. E não podemos esquecer como a escolha do material e das tecnologias empregadas nas lente de contato podem auxiliar no sucesso da sua adaptação.
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