Junho Violeta é mais do que uma campanha de conscientização; é um chamado à ação para os profissionais de saúde ocular. Idealizada em 2018 por Renato Ambrósio Jr., a iniciativa visa alertar sobre o ceratocone, uma doença que pode comprometer seriamente a visão se não for diagnosticada e tratada precocemente. A campanha destaca a importância de educar a população sobre os riscos associados ao hábito de coçar os olhos, um fator que pode agravar a condição. Além disso, enfatiza que a desinformação pode ser mais prejudicial do que a própria doença, ressaltando a necessidade de orientação adequada por parte dos profissionais de saúde ocular.
“Nós criamos esta campanha para orientar a população leiga sobre a doença, os avanços no seu diagnóstico e a importância do acompanhamento e tratamento. Saliento que, esta campanha é de TODOS NÓS! Destacamos o quão nocivo é o hábito de esfregar os olhos, o que é consenso entre especialistas de acordo com o painel global de 2015 e esperamos estimular a consciência para que a população busque ajuda médica e siga o tratamento de forma correta. A orientação para não coçar os olhos e a intervenção em fases menos avançadas podem mudar o curso da doença e o seu prognóstico”, conta o professor, Renato Ambrósio Jr.
O ceratocone é uma condição em que a córnea, normalmente em forma de cúpula, torna-se mais fina e assume uma forma cônica. Esta alteração resulta em distorção visual significativa, incluindo visão embaçada, sensibilidade à luz e aumento da miopia e do astigmatismo. A doença costuma surgir entre os 13 e 18 anos e tende a se estabilizar aos 35. No Brasil, estima-se que a doença afete cerca de 150 mil pessoas.
Como especialistas em saúde ocular, os oftalmologistas têm a responsabilidade ética de orientar e educar seus pacientes sobre o ceratocone. Isso inclui informar sobre os riscos associados ao hábito de coçar os olhos, que pode agravar a condição, e destacar a importância de exames regulares para detecção precoce. Além disso, é essencial discutir as opções de tratamento disponíveis, como o uso de óculos, lentes de contato especiais, implantes de anel intracorneano e, em casos mais avançados, o transplante de córnea.
A campanha Junho Violeta enfatiza que a desinformação pode ser mais prejudicial do que a própria doença. Portanto, é crucial que os oftalmologistas se envolvam ativamente na disseminação de informações precisas e acessíveis sobre o ceratocone. Isso pode ser feito por meio de palestras, distribuição de materiais educativos e participação em campanhas de conscientização.
Junho Violeta é mais do que uma campanha; é um chamado à ação para todos os profissionais de oftalmologia. Ao assumir um papel proativo na educação e orientação dos pacientes, os oftalmologistas não apenas cumprem seu dever profissional, mas também contribuem significativamente para a prevenção e o tratamento eficaz do ceratocone.
Para mais informações sobre a campanha Junho Violeta e recursos educativos, visite violetjune.com.br.