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Esse tipo de data geralmente é marcada pelas comemorações e parabéns, mas raramente por uma reflexão mais profunda. Afinal, como celebrar sem enfrentar numerosos questionamentos? Eles vêm de diversas frentes, seja da sociedade, da atividade em si mesma e dos próprios profissionais.
Uma questão está na maneira como o médico é visto hoje. Antes um amigo da família, tornou-se muitas vezes um ser visto apenas como aquele que prescreve exames infinitos, muitas vezes sem conhecer os olhos do paciente ou sem sequer tocá-lo num exame inicial. Não se trata aqui de ser contra a tecnologia, mas de se posicionar pela humanidade.
Diversos fatores se conectam neste ponto, pois o próprio paciente vai hoje muitas vezes para a consulta já com o diagnóstico pronto e até com a receita definida. Espera apenas o aval do profissional e se incomoda quando o médico toma outro caminho que não seja o que ele espera.
Chegamos então ao ponto crucial desta conversa. O quadro descrito leva hoje muitos médicos a terem medo do paciente em diversas instâncias, que vão desde diagnósticos distintos do esperado ao erro médico. Nesse contexto, o Dia do Médico é para ser lembrado sim, mas menos como celebração e mais como paradigma de reflexão para construir dias melhores para os profissionais da área e para a sociedade como um todo.
Oscar D´Ambrosio é jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Fonte: Faculdades Médicas da Santa Casa de São Paulo

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