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Na região Centro-Oeste, a chegada do inverno coincide com o período de estiagem. O clima seco e a poeira comuns nessa época do ano costumam aumentar o número de casos de conjuntivite alérgica, uma inflamação do olho que surge quando estamos expostos a uma substância alergênica, causando vermelhidão ocular, coceira, inchaço e produção excessiva de lágrimas. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), nesse período, cerca de 20 a 30% dos brasileiros sofrem com algum tipo de alergia, e seis, a cada 10 alérgicos, têm a manifestação nos olhos durante as crises. “É uma patologia relativamente comum, mas que se agrava nessa época do ano, principalmente por conta do vento, poeira, propagação de ácaros e fungos, muitas vezes presentes até nos casacos que passam o ano todo no guarda-roupa e agora são retirados sem a limpeza necessária”, explica o Eduardo Rocha, médico do HOB – Hospital Oftalmológico de Brasília, uma empresa do grupo Opty.
De acordo com o oftalmologista, a conjuntivite alérgica apresenta formas mais brandas e outras mais sérias, nas quais as manifestações podem permanecer por vários meses e, se não tratadas, podem afetar também a córnea, levando à baixa visão. “Felizmente, ela não é contagiosa. No entanto, somente o oftalmologista poderá diferenciar os quadros alérgicos dos infecciosos (virais ou bacterianos), que têm maior potencial de transmissão”, afirma o oftalmologista.
A secreção produzida pelos olhos também é diferente na conjuntivite alérgica, como explica Rocha. Na variante alérgica, a secreção é clara; na conjuntivite viral ela é mucopurulenta; e na bacteriana, tem aspecto amarelo-esverdeado. “Pacientes com histórico de asma, rinite ou dermatite alérgicas são mais frequentemente acometidos”, ressalta o oftalmologista.
Para o tratamento, é importante identificar o causador da alergia e promover o controle do ambiente, evitando acúmulo de mofo, pelos de animais e poeira. “O uso de colírios, medicamentos anti-histamínicos ou anti-inflamatórios podem ser recomendados, além da aplicação de compressas frias para reduzir o inchaço. Uma das orientações mais importantes dadas aos pacientes é que se deve evitar ao máximo coçar os olhos, um ato que traumatiza as estruturas oculares e causa mais inchaço”, conclui Rocha.
 

Fonte: Universo Visual

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