Tempo de leitura: 2 minutos
Em 30 de agosto foi realizado o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, doença neurológica, crônica e autoimune, na qual as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares. Um dos sintomas comuns dessa doença é a visão turva, ocasionada em sua maioria pela neurite óptica, que é o processo inflamatório no nervo óptico, estrutura responsável por conduzir as imagens da retina ao cérebro. “Vale lembrar que, apesar de a neurite óptica poder indicar um quadro de esclerose múltipla, não significa automaticamente que a pessoa tem ou vai ter a esclerose, já que a neurite óptica também pode ocorrer isoladamente, por exemplo, após infecções virais ou bacterianas sistêmicas ou processos autoimunes derivados de doenças reumatológicas.”, explica Natanael de Abreu Sousa, neuroftalmologista do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB) e do Hospital de Olhos INOB, empresas do grupo Opty. “Somente a partir de um exame oftalmológico completo, associado a análises laboratoriais e de neuroimagem, é que o paciente terá o diagnóstico correto”, complementa.  
O tratamento da neurite óptica pode incluir corticoesteróides intravenosos ou imunossupressores para controlar a inflamação. Em geral, a perda da visão se recupera integral ou quase totalmente em torno de quatro a 12 semanas. A neurite óptica geralmente acomete adultos jovens, entre 20 e 45 anos de idade.  Os sintomas incluem diminuição súbita da visão, embaçamento das imagens, mancha escura no centro do campo de visão, redução do brilho e desbotamento das cores, podendo ainda apresentar dores ao movimentar os olhos. 
Aproximadamente 40% dos pacientes que apresentam neurite óptica desenvolvem esclerose múltipla ao longo do tempo, sendo que, em 20% dos casos de esclerose múltipla, a neurite óptica é a primeira manifestação da doença. “Nos indivíduos que têm como primeira manifestação da esclerose múltipla um quadro de neurite óptica, o acompanhamento precoce e em conjunto entre um oftalmologista e um neurologista é o mais indicado para prevenir ou amenizar as sequelas e o avanço da doença. Com cuidado especializado, é possível um bom prognóstico no longo prazo e ter uma doença mais branda e controlada, preservando a qualidade de vida do paciente”, conclui o neuroftalmologista.

Fonte: Grupo Opty

Compartilhe esse post