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O transplante de células-tronco é indicado para restabelecer a superfície do olho, destruída por traumas químicos ou doenças inflamatórias, que vem sendo realizado de forma mais prevalente nos pacientes que sofreram queimaduras na córnea. Por mais que pareça incomum, há casos bastante frequentes deste tipo de acidente, principalmente em pessoas que trabalham com produtos químicos sem o manuseio correto dos mesmos.
“Para o procedimento, também chamado de transplante de células-tronco do epitélio da córnea, ou transplante de limbo, as células-tronco adultas podem ser transplantadas diretamente nos olhos queimados, mas também é possível levá-las ao laboratório para cultivá-las e mudar algumas características previamente ao transplante”, explica Myrna Serapião, oftalmologista e especialista em córnea do H.Olhos.
O tratamento é possível porque a principal característica da célula-tronco é a sua capacidade de se transformar em células mais especializadas. Para um transplante na córnea, a fonte pode ser o olho saudável do mesmo paciente, nos casos que acometem apenas um deles; de doadores, como parentes compatíveis; ou de cadáver, nos casos que atingem os dois olhos. Outras fontes, como tecido gorduroso e dente de leite, por exemplo, podem ser utilizadas. 
“As células-tronco já estão normalmente presentes na superfície da córnea, de um olho saudável, e essas células dividem-se constantemente, regenerando a sua superfície. A queimadura destrói a parte superficial da córnea, chamada de epitélio, causando a cegueira”, diz Myrna. “O transplante repõem as células-tronco perdidas, regenerando a região”, comenta a médica.

Fonte: H.Olhos

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