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A Academia Americana de Oftalmologia (AAO) emitiu um alerta para todo os especialistas sobre um sintoma que pode estar relacionado ao novo coronavírus e tem passado desapercebido: a conjuntivite. De acordo com a entidade norte-americana, relatórios sugerem que o vírus SARS-CoV-2 pode causar uma conjuntivite folicular leve, indistinguível de outras causas virais, e possivelmente ser transmitida pelo contato.
A recomendação é que oftalmologistas atendam com proteção para a boca, nariz e olhos ao cuidar de pacientes potencialmente infectados pela Covid-19. “Em regiões com alta prevalência da doença, praticamente qualquer paciente atendido por um oftalmologista pode estar infectado com SARS-CoV-2, independentemente de fatores de risco ou indicação para a visita”, alerta a AAO.
O vírus que causa o Covid-19, segundo a Academia, provavelmente é suscetível aos mesmos desinfetantes à base de álcool e alvejantes que os oftalmologistas comumente usam para desinfetar instrumentos oftalmológicos e móveis de escritório. “Para impedir a transmissão de SARS-CoV-2, são recomendadas as mesmas práticas de desinfecção já usadas para impedir a disseminação no escritório de outros patógenos virais antes e após cada encontro do paciente”.
Um estudo, publicado no Journal of Virology, analisou 30 pacientes com Covid-19 na China e descobriu que um paciente tinha conjuntivite, enquanto os outros 29 apresentava o coronavírus nas secreções oculares. O outro estudo, publicado no New England Journal of Medicine, descobriu que 9 dos 1.099 pacientes que apresentaram resultado positivo para o novo coronavírus em um laboratório tinham conjuntivite folicular.
Assim como o nariz e a boca, os olhos podem ser um ponto de entrada para o coronavírus infectar uma pessoa. Por isso, oftalmologistas estão sugerindo que os usuários de lentes de contato troquem por óculos por enquanto para impedir o contato desnecessário dos olhos.
A AAO ressalta que as descobertas são preliminares e que a conjuntivite é um sintoma raro em comparação com outros sintomas como tosse seca, febre e falta de ar.

Fonte: AAO/Business Insider

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